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Quem ainda não pode receber a vacina?

Quem ainda não pode receber a vacina?

Menores de 18 anos ainda não podem tomar a vacina porque testes clínicos ainda não foram realizados nesses grupos. Gestantes e lactantes somente com esclarecimento e liberação do obstetra.

Quem ainda não pode receber a vacina?

Menores de 18 anos ainda não podem tomar a vacina porque testes clínicos ainda não foram realizados nesses grupos. Gestantes e lactantes somente com esclarecimento e liberação do obstetra.

27 Janeiro 2021

 

Quem ainda não pode se vacinar contra a Covid-19?

Menores de 18 anos não podem tomar a vacina contra a Covid-19. Isso porque testes clínicos ainda não foram realizados nesses grupos, por nenhuma das instituições que estão distribuindo as vacinas pelo mundo. O alerta é do infectologista e consultor da Central Nacional Unimed, Lauro Ferreira.

“Esse grupo ainda não deve ser imunizado antes que ocorram testes com ele”, explica Dr. Lauro. Além disso, há contraindicações para pessoas com histórico de reações alérgicas severas (anafilaxia) aos componentes das vacinas. “A quem tem histórico de alergias a alimentos, animais de estimação, insetos ou outros, o Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC, na sigla em inglês) recomenda que prossiga com a vacinação, com um período de observação”, afirma.

Vacinação para gestantes e lactantes

Na última semana (18), a Febrasgo (Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia) recomendou a vacinação contra o novo coronavírus para gestantes e lactantes desde que haja avaliação cautelosa dos riscos e benefícios em decisão compartilhada entre a mulher e seu médico prescritor.

Elas devem ser informadas sobre os dados de eficácia e segurança das vacinas conhecidos, assim como os dados ainda não disponíveis. A decisão entre o médico e a paciente deve considerar: o nível de potencial contaminação do vírus na comunidade; a eficácia da vacina; o risco e a gravidade da doença materna, incluindo os efeitos no feto e no recém-nascido, e a segurança da vacina para o binômio materno-fetal.

A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas em gestantes e lactantes, no entanto estudos em animais não demonstraram risco de malformações.

“Mas atenção, o teste de gravidez não deve ser um pré requisito para a administração das vacinas, e gestantes e lactantes que não concordarem em serem vacinadas devem ser apoiadas em sua decisão e instruídas a manterem medidas de proteção como higiene das mãos, uso de máscaras e distanciamento social”, matem a recomendação Dr. Lauro.

O médico também enfatiza que a decisão de vacinar ou não gestantes e lactantes não é do vacinador, mas sim da própria gestante, puérpera e lactante com a devida apresentação da prescrição do seu obstetra.


Risco da infecção do SARS-Cov2 na gestação

Alguns estudos sugerem que gestantes com COVID-19 sintomáticas, estão sob risco de doença mais grave comparadas com as mulheres não grávidas. Embora o risco para doença grave seja baixo em gestantes, alguns dados indicam que uma vez com a COVID-19, gestantes sintomáticas têm um risco maior para complicações como uso de ventilação mecânica, suporte ventilatório e morte comparados com mulheres não grávidas com doença sintomática.

Assim como na população geral, as gestantes com comorbidades como obesidade e diabetes, apresentam um risco aumentado para complicações da doença. 

Tempo recorde e segurança – A vacina contra o Sars-CoV-2 foi desenvolvida, autorizada e produzida em um prazo muito inferior ao das demais imunizações existentes até então. “A solução para o fim da pandemia é um desejo mundial, portanto, muitas iniciativas públicas e privadas investiram (e ainda investem) recursos financeiros altíssimos nesses estudos”, argumenta o infectologista. 

“Além disso, como a COVID-19 tomou proporções mundiais, em apenas um ano, cerca de 280 mil estudos científicos foram produzidos com um único objetivo: minimizar os efeitos do Sars-CoV-2 na saúde das pessoas e, consequentemente, na economia”. Outro ponto a se levar em consideração é que, como há muitas pessoas infectadas ao mesmo tempo, em todo o mundo, é possível obter respostas científicas muito mais rápidas. “Na verdade, as vacinas partiram de tecnologias já existentes, o que acelerou o processo de desenvolvimento. Soma-se a isso o fato de governos do mundo todo estarem realizando aprovações regulatórias emergenciais para o início imediato das imunizações”.

O especialista explica que todas as vacinas já existentes e as específicas para a COVID-19 são submetidas a ensaios clínicos rigorosos. “Conforme o seu desenvolvimento progride, a segurança continua sendo avaliada”. E, mesmo quando já estão em uso geral, cientistas, órgãos governamentais e organizações de saúde pública continuam a coletar dados sobre possíveis efeitos adversos. 

“O tempo recorde de desenvolvimento, produção e distribuição não invalidam sua eficácia e segurança”, afirma Dr. Lauro. A vacina é capaz de interromper a circulação do vírus de forma controlada e sustentada. “Mas isso só é possível se uma parcela significativa da população for vacinada. Com a vacinação em massa da população torna-se mais difícil que o Sars-CoV-2 encontre hospedeiros e, com isso, se reduz drasticamente o número de pessoas infectadas”, conclui.

 

 


Fonte: Infectologista e consultor da Central Nacional Unimed, Lauro Ferreira.


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