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A segurança dos filhos na internet

A segurança dos filhos na internet

Proteger os pequenos vale também para o ambiente virtual. Mas como orientá-los para utilizar a internet de maneira saudável e segura?

A segurança dos filhos na internet

24 Maio 2019

Não sair de casa sem avisar. Olhar para os dois lados antes de atravessar a rua. Não aceitar nada de estranhos. Quando o assunto é aconselhar os filhos para se manterem seguros fora de casa, temos muitas recomendações na ponta da língua. Mas e quando a questão é a segurança de crianças e adolescentes no ambiente virtual, você sabe como agir?

Com o uso cada vez maior — e cada vez mais cedo — da internet, aumenta também a exposição a alguns perigos virtuais e o desafio dos pais para orientar os filhos a navegar em segurança.

Perigos da internet

Estudos científicos associam o uso excessivo e precoce de jogos on-line, redes sociais e outras mídias digitais a dificuldades de socialização no “mundo off-line”, aumento da ansiedade, de transtornos do sono e de alimentação e sedentarismo. Exposição a pornografia e violência também são perigos que podem gerar consequências físicas e comportamentais.

Os principais perigos cibernéticos para crianças e adolescentes

  • Cyberbullying
  • Vazamento de dados pessoais
  • Recebimento de conteúdos impróprios para a faixa etária
  • Extorsão financeira
  • Aliciamento
  • Uso excessivo

Proibir ou conversar?

Na busca pelo equilíbrio entre blindar os filhos desses perigos sem limitá-los dos benefícios de estar conectado, autoridades fazem orientações para nortear os pais a como proceder. A principal delas diz respeito ao tempo de uso da tecnologia digital, também chamado de tempo de tela.

A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), e que vai ao encontro de diretrizes recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), é que o tempo de tela seja proporcional às idades e etapas de desenvolvimento das crianças e adolescentes.

Os pediatras desencorajam, por exemplo, a exposição passiva de crianças menores de 2 anos às telas digitais e conteúdos inapropriados à idade; indicam que crianças de 2 a 5 anos não passem mais do que uma hora por dia frente às telas; que crianças com menos de 10 anos não façam uso de televisores e computadores em seus próprios quartos, por ainda serem vulneráveis a conteúdos inapropriados; e que sejam estabelecidos limites para os adolescentes.

Assim como as atitudes que tomamos todos os dias para garantir a segurança dos nossos filhos fora de casa, o principal meio para protegê-los no ambiente virtual também é o diálogo. Especialistas entendem que a tentativa de eliminar qualquer exposição a riscos na internet é praticamente impossível, então, ao invés de proibir o uso de dispositivos ou monitorá-los o tempo todo, pais e educadores podem conversar de forma franca sobre como as crianças e adolescentes podem lidar e responder a esses riscos. 

Confira abaixo exemplo de como os pais podem trabalhar esse diálogo e dicas de cuidados que os jovens podem tomar:

Dicas para os pais

  • Converse com seu filho sobre internet, compartilhando o uso positivo das tecnologias digitais e explicando sobre os riscos à exposição de alguns conteúdos ou contato com pessoas desconhecidas
  • Verifique a classificação indicativa de filmes e jogos disponíveis on-line, certificando-se de que esses conteúdos estão apropriados para a idade do seu filho
  • Estabeleça limites para o tempo de tela e conteúdos que podem ou não ser acessados. Explique o porquê desses limites
  • Recomende que seu filho nunca forneça informações pessoais
  • Oriente-o a não aceitar ameaças, chantagens ou pressões de qualquer pessoa on-line, e que compartilhe essa situação com você para que possa apoiá-lo
  • Observe o comportamento dos seus filhos, ficando atento para um possível problema, e procure lidar com eventuais erros como uma oportunidade de aprendizado
  • Incentive seu filho a equilibrar o tempo de internet com atividades físicas, propondo esportes, brincadeiras e programas em família

 

Dicas para os filhos

  • Desconfie de mensagens confusas ou de pessoas que te peçam para fazer algo em segredo
  • Se ficar na dúvida sobre se deve clicar em algum conteúdo, não clique
  • Não converse com pessoas desconhecidas e muito menos marque encontro com elas
  • Seja respeitoso na internet e não escreva ou repasse mensagens que possam ofender ou humilhar alguém. Trate ou outros como gostaria de ser tratado
  • Pense bem nos tipos de informação que você publica nos seus perfis sociais. Preserve sua privacidade!
  • Sempre jogue aberto com seus pais ou responsáveis e compartilhe com eles situações que possam estar te incomodando na internet

Texto: Thaís Guimarães de Lima | Design: Alex Mendes e Fernanda Assato

Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Healthy Children e ONG Safernet

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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