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Escola nova

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Pais podem ajudar filhos com dificuldades na adaptação a um novo colégio

Escola nova

11 Fevereiro 2010

Mudança de endereço, insatisfação com o ensino e passagem da pré-escola para o primeiro ano são alguns motivos que levam os pais a trocarem a escola de seus filhos. Seja qual for a razão, os primeiros dias no novo ambiente podem ser complicados para a criança ou o adolescente, principalmente se apresentarem resistência à situação. A participação e o apoio da família são fundamentais para tornar tudo mais fácil.

É esperado que o primeiro contato em um território desconhecido aconteça com receio, ansiedade e insegurança. A estranheza é normal, afinal o aluno terá que se adaptar com novos horários, colegas, professores e regras. Para a psicóloga e psicanalista Laís de Lima, do Centro de Referência da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), “a angústia e o medo são reações naturais frente ao desconhecido e nem sempre devem ser interpretadas como sinal de que a mudança não deve ser feita”.

Para facilitar essa transição, os pais devem explicar aos filhos os motivos que os levaram a procurar uma nova escola e apontar os pontos positivos da mudança. O que também pode ajudar é envolver a criança ou o adolescente na escolha da nova escola. Laís recomenda que, se a filosofia de ensino e educação de determinada escola pesquisada corresponde ao que desejam, assim como o ambiente do lugar, “é a hora de levar os filhos para conhecer o novo colégio antes do início das aulas e, se possível, até mesmo antes de matriculá-los”.

Confira outras dicas da psicóloga aos pais para ajudar os filhos nessa etapa:

¿ Entenda que a adaptação não acontece de uma hora para outra. Não exija que ele faça amizades logo no começo;
¿ marque uma reunião com os professores e converse sobre o que eles observam em relação às dificuldades do aluno, se houver;
¿ mostre que uma mudança pode acarretar perdas e ganhos. Explique, por exemplo, que, apesar de ele ter que sair de um ambiente que já está enturmado, será possível fazer novos amigos e, ao mesmo tempo, conservar as amizades antigas, anotando telefone e endereço dos colegas da escola anterior;
¿ se a adaptação não ocorrer após os primeiros meses, impossibilitando a permanência tranquila na escola, procure um psicólogo.

Quando mudar é preciso
Além dos fatores já citados que podem levar à mudança de escola, há ainda situações em que a necessidade de transferência surge da dificuldade do aluno em se adaptar. Nesses casos, é recomendado que os pais observem quais aspectos estão prejudicando o desempenho dos filhos. “É importante que os pais possam avaliar com bastante calma e clareza se o problema é com a escola ou com o filho”, destaca Laís.

Ela também aconselha conversar com outros pais para saber como andam os demais alunos, para certificar-se, por exemplo, de que notas baixas em uma disciplina não é maioria entre a turma, o que poderia indicar um problema na escola.

“É preciso ressaltar que nem sempre as dificuldades de uma criança podem ser atribuídas à escola. Deve-se considerar a possibilidade da criança estar com questões emocionais importantes que atrapalham seu rendimento escolar e seu relacionamento social”, completa a psicóloga.


• Colaborou para a matéria a psicanalista, graduada em psicologia pela PUC/SP, Laís de Lima. Laís é especialista em Psicologia da Saúde (UNIFESP/HSP) e em Psicanálise e Linguagem (PUC/SP). Atualmente trabalha no CRIA (Centro de referência da infância e adolescência da UNIFESP/HSP).

Taise de Queiroz Bertoldi

Fonte: Site Ig (Como ajudar seu filho a se adaptar na nova escola, de 31/01/2010).

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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