Fases do desenvolvimento da criança
28 Janeiro 2019
O desenvolvimento físico e psicológico das crianças começa desde a fecundação, passando pela primeira infância, adolescência, juventude e segue por toda a vida. No entanto, conforme ressalta a Sociedade Brasileira de Pediatria, é nos três primeiros anos de vida que o cérebro evolui com maior intensidade. Por isso, o estímulo precoce traz fortes impactos e são fatores decisivos na transição da criança para a vida adulta, em relação à progressão de suas habilidades de aprendizagem cognitivas, afetivas e psicomotoras.
O relatório clínico da Academia Americana de Pediatria (AAP), O Poder da Brincadeira: Um Papel Pediátrico no Aprimoramento do Desenvolvimento em Crianças Pequenas, mostra que a brincadeira pode melhorar as habilidades das crianças para planejar, organizar, conviver com outras pessoas e controlar as emoções. Além disso, auxilia no desenvolvimento da linguagem, da matemática, das habilidades sociais e até ajuda as crianças a lidar com o estresse.
Mas para que você acompanhe o desenvolvimento do seu bebê, elaboramos um roteiro de evolução média da criança até os 6 anos. Isso não quer dizer que se seu filho não seguir essa linha do tempo, haja algum problema em seu desenvolvimento, mas é importante que ele seja avaliado periodicamente pelo pediatra, profissional capaz de perceber qualquer irregularidade.
1 mês
Deitado de costas, já movimenta a cabeça para respirar melhor. Suas atividades são predominantemente reflexivas e a sua percepção visual é satisfatória apenas de perto. Já a mãe é reconhecida pelo cheiro.
2 a 4 meses
Nessa idade, começa a sugar o polegar e a reproduzir sons e fica imóvel ao ouvir uma voz conhecida. Reage ao seu nome, virando a cabeça. Nessa fase, a mãe é reconhecida visualmente.
5 meses
Senta-se com apoio e mantém as costas retas, assim como segura objetos e interage com eles. A criança imita gestos, sabe o momento de chamar a atenção e ri ao brincar.
6 meses
Permanece sentado, ainda com apoio, por um longo tempo. Distingue rostos estranhos de familiares, além de imitar a voz da mãe.
7 meses
Fica sentado sem apoio por alguns instantes, já começa a se arrastar e a se deslocar do lugar.
8 meses
Participa mais ativamente das brincadeiras e troca sinais com adultos. Começa a morder nessa fase.
9 meses
Fica parado sozinho em pé e se segura. Começa a engatinhar. Geralmente, é nesse período que reage corretamente a palavras e expressões familiares, como “pega”, “me dá” e “vem com a mamãe”, por exemplo. Passa a reconhecer seu nome.
10 a 11 meses
Age intencionalmente e utiliza brinquedos de encaixar. Além disso, tenta imitar os sons que ouve e compreende proibições.
1 ano
Tem bom equilíbrio sentado e começa a andar, segurando pela mão. Repete gestos e emite, no mínimo, três palavras diferentes.
1 ano e 3 meses
Anda sozinho, ajoelha-se, sobe escada com apoio das mãos e se alimenta com as mãos sem ajuda.
1 ano e 6 meses
Senta-se na cadeira sozinho, sobe e desce escadas, já se segurando no corrimão, salta com os dois pés e realiza atos coordenados complexos, como desenhar rabiscos espontaneamente.
2 anos
Chama-se pelo próprio nome. Comunica-se com gestos e atitudes, principalmente com outras crianças. Constrói frases de duas palavras e usa o “não” sistematicamente.
3 anos
Nessa fase a capacidade motora da criança é expandida. Ela já é capaz de correr, saltar, se sente mais segura ao subir e descer as escadas de forma ereta. É importante que, nessa etapa, os pais a incentivem a se vestir e a se alimentar sozinha.
4 a 5 anos
Essa fase é marcada pelo rápido desenvolvimento intelectual (a criança aprende tudo facilmente) e muscular, já que possui a coordenação semelhante à de um adulto e controla de forma eficaz os seus movimentos. O estímulo à aprendizagem de forma lúdica é fundamental para o seu desenvolvimento.
6 anos
A sua independência é confirmada nessa fase, já que ela rejeita ajuda para se vestir, além de ter controle total de sua higiene. Suas competências linguísticas são amplamente desenvolvidas e a aprendizagem encontra uma porta aberta para construir seu espaço, seja na escrita, na leitura ou na expressão oral.
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Texto: Fabiana Gonçalves | Edição: Thaís Guimarães de Lima | Design: Alex Mendes
Fonte: American Academy of Pediatrics / Sociedade Brasileira de Pediatria/ Associação Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento
Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.