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Síndrome do ninho vazio

Síndrome do ninho vazio

Está difícil de lidar com o fato de que seus filhos estão crescidos e prestes a sair de casa? Confira dicas de como encarar essa fase e as emoções que vêm com ela

Síndrome do ninho vazio

20 Maio 2019

Difícil quem nunca passou ou conhece alguém que já tenha vivido a seguinte experiência: os filhos crescem, tornam-se independentes e, de repente, decidem sair de casa, seja para fazer faculdade, morar só ou mesmo se casar. E agora, quem se dedicou toda a vida para o filho, o que vai fazer? Como será a rotina de agora em diante? São muitos os questionamentos de quem já passou ou está prestes a passar por essa etapa da vida.

Conhecida como síndrome do ninho vazio, ela não tem um diagnóstico clínico. Mas é um fenômeno normal que os pais experimentam quando o único filho ou o filho caçula sai de casa. Por mais que encorajem a atitude dos filhos de se tornarem independentes, muitos pais sofrem muito com esse distanciamento.

Sentir falta de fazer parte da rotina dos filhos ou de estar presente o tempo todo pode desencadear sentimentos de desânimo, perda, tristeza, melancolia e ansiedade aos pais. Esses sentimentos são normais e é natural, segundo psicólogos e terapeutas, que eles apareçam próximos a essa transição e até os primeiros meses depois da partida do filho. Só se transforma em problema quando esses sentimentos interferem na saúde e nas atitudes dos pais por um longo período, tornando-os vulneráveis a males como depressão, alcoolismo, crise de identidade e conflitos conjugais.

O lado bom

Por outro lado, estudos recentes têm sugerido que um ninho vazio pode reduzir conflitos no trabalho e na família e pode proporcionar muitos outros benefícios aos pais. Quando o único ou o último filho sai de casa, os pais têm uma nova oportunidade de recomeçar uma vida a dois, com passeios, cursos e viagens a sós, a melhorar a qualidade do casamento e reacender os interesses em comum pelos quais antes poderiam não dedicar tanto tempo.

 

Aprendendo a lidar

Se você estiver experimentando sentimentos e angústias relacionadas a isso, é possível tomar algumas atidudes para mudar esse quadro:

 

 

  • Aceite que o seu filho cresceu e tornou-se independente a ponto de sair de casa, seja para estudar, morar fora ou mesmo casar-se
  • Não compare o seu filho com a sua própria experiência, afinal, são vidas diferentes
  • Ao invés de se lamentar, ajude o seu filho no que puder para que a sua saída seja feliz e ele tenha sucesso na vida fora do ambiente familiar
  • Mantenha contato sempre e peça para que ele firme com você o compromisso de conversarem ao longo da semana, seja por telefone, pela internet ou pessoalmente

  • Se você sentir dificuldade em lidar com um ninho vazio, apoie-se nos entes queridos e em outros contatos próximos para obter suporte
  • Compartilhe seus sentimentos. Se você se sentir deprimido, consulte o seu médico ou até mesmo um terapeuta ou psicólogo
  • Mantenha-se positivo. Pensar sobre o tempo extra e a energia que você pode ter para se dedicar ao seu casamento ou aos interesses pessoais pode ajudar na adaptação a essa importante mudança

  • Reforce a vida social. Procure os amigos, promova encontros, entre numa academia de ginástica ou de dança. Ou mesmo entre em grupos que façam atividades físicas ao ar livre. Além de os exercícios liberarem hormônios que dão sensação de bem-estar, você fica disponível para fazer novas amizades
  • Procure novas oportunidades em sua vida pessoal e profissional. Manter-se ocupado ou assumir novos desafios no trabalho ou em casa, começando um curso ou uma faculdade, por exemplo, pode ajudar a aliviar a sensação de perda que a partida de um filho pode proporcionar.

 


Texto: Fabiana Gonçalves | Edição: Thaís Guimarães de Lima | Design: Alex Mendes e Fernanda Assato

Fonte: Mayoclinic, Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional e Psicologia Viva

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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