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Violência virtual

Violência virtual

Isolamento, depressão e queda no rendimento escolar são algumas das consequências que podem afetar as vítimas de bullying na internet

Violência virtual

6 Maio 2010


A internet está cada vez mais sendo utilizada para aproximar distâncias através das redes sociais e comunidades virtuais. No entanto, essas ferramentas também têm sido aproveitadas por estudantes adolescentes para intimidar, agredir, excluir e ameaçar colegas. Conhecido por cyberbullying, esse tipo de abuso psicológico não é um fenômeno novo, mas pode causar sérias consequências em que convivem com o problema.

Uma pesquisa encomendada pela Plan, uma organização não governamental presente em cerca de 60 países, envolveu mais de cinco mil estudantes do ensino fundamental do Brasil e revelou dados surpreendentes sobre a violência psicológica praticada na internet. Os resultados apontaram que 16,8% desses alunos são vítimas de cyberbullying, 17,7% praticam a agressão virtual e 3,5% são vítimas e praticantes ao mesmo tempo. O levantamento foi realizado no segundo semestre de 2009, em escolas de todas as regiões do país, e divulgado no dia 14 de abril de 2010.

Blogs, comunidades e e-mails são facilmente acessados e utilizados para espalhar boatos, gozar de alguém e fazer ameaças. Crianças e adolescentes de uma mesma escola formam grupos para agir contra uma pessoa e utilizam a internet para alimentar sistematicamente o ataque e exluir a vítima. Para quem desconhece as consequências do problema, essa atitude é vista como uma brincadeira de criança, mas está muito longe de ser algo inofensivo.

Por vergonha ou por acharem que são culpadas, muitas vítimas ficam caladas e acabam denunciando seu sofrimento apenas pelas mudanças no comportamento. Entre os sintomas que são comuns de aparecer em quem é humilhado no ambiente virtual, está o medo, a depressão, o nervosismo e a perda da autoestima. O problema ainda constuma afetar o desempenho escolar e os relacionamentos sociais, a ponto de a ida ao colégio virar um sacrifício para a criança. Para perceber esses sinais, é necessário acompanhar o cotidiano do filho e manter contato com seus professores.

Os pais devem orientar seus filhos quanto ao uso da internet, para tentar evitar que eles sejam vítimas ou praticantes de alguma agressão na rede. Há algumas questões importantes para conversar com a criança ou adolescente, por isso, é importante alertá-lo para:

Não expor vídeos e fotografias pessoais;
não aceitar convites de pessoas que não conhece nas redes sociais, nem adicioná-las em seus contatos;
comunicar à família se sofrer algum tipo de ofensa ou ameaça online e denunciar o fato ao site.

Explique também que se ele praticar alguma agressão pela internet, como postar comentários mentirosos ou enviar e-mails ofensivos poderá ser responsabilizado judicialmente.



Taise Bertoldi

Fonte: Revista Veja (5 de maio de 2010, A tecnologia a serviço dos brutos) e site Ong Plan (Pesquisa revela dados inéditos sobre bullying no Brasil, de 15 de abril de 2010).

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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