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Esclerose múltipla: o que pode ou não pode fazer?

Esclerose múltipla: o que pode ou não pode fazer?

Pode engravidar? E se exercitar? Confira essas e outras dúvidas comuns a quem convive com a doença

Esclerose múltipla: o que pode ou não pode fazer?

12 Agosto 2022
Embora a esclerose múltipla possa atingir homens e mulheres em qualquer fase da vida, a maior parte dos casos (69%) ocorre entre mulheres durante a idade fértil. A idade média global do diagnóstico é de 32 anos.

 

Por superproteção ou desinformação, muitas famílias tentam restringir ou poupar a pessoa diagnosticada de alguns esforços. Isso porque a motricidade, a visão e outras funções podem realmente ficar comprometidas em períodos de surto. Dessa forma, é natural que surjam questionamentos sobre o que pessoas com esclerose múltipla podem ou não fazer. E são essas dúvidas que vamos ajudar a responder neste texto.

Adiantando: a boa notícia é que, com o avanço da medicina e dos tratamentos, cada vez mais as pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla podem levar uma vida normal. E isso inclui ter filhos, trabalhar, se exercitar e até mesmo dirigir. Porém, é importante observar que a prática de todas essas atividades pode variar conforme o tipo e intensidade dos sintomas de esclerose múltipla.

 

Vamos entender mais?

 

Quem tem esclerose múltipla pode engravidar?

Sim. A esclerose múltipla não afeta a fertilidade feminina, nem a gravidez piora o quadro da esclerose múltipla. Pelo contrário: durante a gravidez é comum que os sintomas fiquem mais brandos, com menor risco de surtos. Com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, também se notou redução nos casos de rebote ou surtos pós-parto. A esclerose múltipla também não é hereditária ou contagiosa, portanto, em casos controlados, não há impedimento para a gravidez.

Esclerose múltipla e gravidez

Ainda assim, é fundamental avisar para a equipe médica sobre a intenção de engravidar para que se avalie a necessidade de mudança de medicamentos durante a gestação. Em caso de gravidez não planejada, também pode ser necessária a alteração do tratamento de rotina para preservar a saúde do feto.

 

 

Quem tem esclerose múltipla pode se aposentar?

Apenas o diagnóstico de esclerose múltipla não é suficiente para a aposentadoria. Pessoas diagnosticadas e com tratamento adequado podem trabalhar normalmente, e inclusive não podem ser discriminadas pelo seu quadro. Algumas adaptações no ambiente ou na rotina de trabalho podem ser indicadas para incluir e acolher melhor as necessidades dos funcionários. Confira algumas dicas aqui.

esclerose e trabalho

A aposentadoria por invalidez só é concedida para casos mais avançados da doença, que impossibilitem o exercício da atividade laboral. Quando há necessidade de assistência permanente, como enfermeiros ou cuidadores, e a família não tem condições de arcar com o custo, pode ser solicitado ao INSS o acréscimo de 25% no valor da aposentadoria.

 

Quem tem esclerose múltipla pode doar sangue?

Infelizmente, não. Como a esclerose múltipla é uma doença autoimune – em que o próprio sistema imunológico ataca células saudáveis – e os mecanismos dessa desregulação não são bem definidos, os hemocentros não podem aceitar doação de sangue de pessoas com o diagnóstico. Esse cuidado é necessário para não correr o risco de transmitir o agente da desregulação para o receptor de sangue.

 

Quem tem esclerose múltipla pode beber?

Depende. A pessoa que gosta de beber socialmente com amigos precisa conversar com o médico responsável para avaliar se há restrição em relação ao medicamento usado no tratamento. Em alguns casos, a combinação de medicamento e bebida alcoólica pode gerar problemas secundários ao sobrecarregar o fígado e prejudicar a microbiota intestinal.

Além disso, o álcool afeta o sistema nervoso central – e esse efeito pode vir a ser confundido com o de surto de esclerose múltipla. Por isso, mesmo que o consumo seja autorizado pelo médico, beba com moderação. Afinal de contas, o excesso é ruim em qualquer situação.

 

A incontinência urinária é um problema recorrente entre pessoas com esclerose múltipla.
Saiba mais sobre como lidar com essa condição aqui:
Incontinência urinária: entender para tratar

 

Fontes: ABEM 1, 2 | EM Brasil | AME | Esclerose Múltipla Rio


Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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