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Glaucoma: diagnóstico precoce é o principal aliado

Glaucoma: diagnóstico precoce é o principal aliado

Aprenda sobre a doença que acomete a visão e entenda quando é importante buscar a ajuda de um oftalmologista

Glaucoma: diagnóstico precoce é o principal aliado

18 Maio 2021

Estudos apontam que o glaucoma surge com maior frequência em pessoas a partir de 35 anos. Mas essa condição pode aparecer até mesmo em recém-nascidos.

Confira as causas, o diagnóstico, possíveis tratamentos e orientações gerais para manter a saúde dos olhos.

 

Tipos de glaucoma, sintomas e diagnóstico

Quais são os cuidados necessários antes e após o diagnóstico?

5 vilões e 5 heróis da saúde dos olhos

 

Tipos de glaucoma, sintomas e diagnóstico

O glaucoma pode surgir em vários momentos da vida e se desenvolve por meses ou anos antes de aparecerem as primeiras complicações. As principais características dessa doença envolvem o aumento de pressão intraocular e as lesões consequentes no nervo ótico.

Os fatores que levam uma pessoa a ter o glaucoma são traumas oculares, pressão alta, diabetes e idade superior a 35 anos. O histórico familiar também é importante para o diagnóstico: aproximadamente 6% das pessoas com a doença já tiveram outro caso na família.

Com o passar do tempo, a pessoa pode sentir perda da visão periférica (aquela parte da visão que está além do alcance natural dos olhos, como quando conseguimos enxergar nas nossas laterais). As consequências do desenvolvimento de glaucoma são várias, mas a mais temida é a cegueira, que não tem cura.

 

E essa não é a única variação da doença. Confira, abaixo, os demais tipos de glaucoma.

  1. Glaucoma crônico simples (ou glaucoma de ângulo aberto): é a variação mais comum da doença e afeta cerca de 80% dos pacientes. O humor aquoso (líquido que nutre os olhos) é produzido nos canais anteriores, passa pela íris e é expelido pelos canais posteriores. Mas, na última etapa, ele é drenado de maneira mais lenta que o normal, o que faz com que a pressão interna nos olhos aumente gradativamente, prejudicando o nervo óptico. Por isso, leva muito tempo até que a pessoa sinta as mudanças na visão. A perda de visão começa na visão periférica e vai evoluindo até a cegueira
  2. Glaucoma secundário: surge como consequência de outras condições de saúde, como tumor e catarata, ou pelo uso de determinados medicamentos que podem aumentar a pressão do olho. Os sintomas costumam ser leves e são tratados de acordo com a causa primária
  3. Glaucoma de ângulo fechado: essa variação da doença normalmente afeta apenas um olho e é seguida de episódios de aumento de pressão intraocular, por conta do estreitamento no espaço entre a córnea e a íris, o que acaba impedindo que o líquido de nutrição dos olhos seja expelido para fora do olho, aumentando a pressão. O paciente com esse tipo de glaucoma pode sentir redução de visão, perceber halos coloridos ao olhar diretamente para a luz e sentir náuseas. A manifestação dessa doença é por episódios, em que, além desses sintomas, a pessoa pode perder momentaneamente a visão. Quanto mais episódios, maior a perda de visão, até se tornar permanente
  4. Glaucoma primário infantil: é considerado um defeito congênito, que surge assim que o bebê nasce. Nesse caso, o líquido responsável por nutrir o olho é produzido atrás da íris e flui pela pupila, até passar pela frente do olho e ser drenado nos canais entre a íris e a córnea. Mas a drenagem não acontece como deveria porque ocorrem bloqueios nos canais, fazendo o líquido acumular e aumentar a pressão dentro do olho do bebê. Com isso, a córnea fica turva e a criança sente desconforto quando exposta à luz, entre outros sintomas

O diagnóstico de cada uma dessas possibilidades varia conforme a idade do paciente, sintomas, estilo de vida e cor da pele (por exemplo: afrodescendentes possuem maior predisposição para desenvolver glaucoma simples por conta do aumento da pigmentação dos olhos). Por isso, é importante conversar com um médico oftalmologista.

Sem o diagnóstico e tratamento adequados para cada caso, os pacientes podem evoluir para uma visão que fica cada vez mais “afunilada”, até chegar ao quadro de cegueira permanente.

A avaliação do sistema visual deve começar na primeira infância (desde o primeiro ano de vida) e continuar em intervalos regulares durante toda a infância e a adolescência. Se você notar qualquer um dos seguintes sinais ou sintomas, informe o médico do seu filho:

  • Dor, coceira ou desconforto nos olhos relatados por seu filho.
  • Vermelhidão em um dos olhos que não desaparece em alguns dias
  • Olhos que estão sempre lacrimejantes
  • Olhos que muitas vezes parecem excessivamente sensíveis à luz

 

Quais são os cuidados necessários antes e após o diagnóstico?

Antes mesmo do desenvolvimento de sintomas e diagnóstico, existe um passo importante para manutenção da saúde dos olhos: a visita frequente a um oftalmologista de confiança.

Estudos mostram que pessoas com mais de 35 anos têm mais chance de desenvolverem glaucoma, então esse é o melhor momento para agendar as consultas de rotina. Quanto antes o glaucoma for diagnosticado, melhor será o resultado do tratamento. Por isso, manter os exames e as visitas médicas em dia é primordial.

Após o diagnóstico, cada tipo de glaucoma precisa de um tratamento específico. Para os casos mais leves, em que os sintomas são praticamente inexistentes, o tratamento pode envolver colírios e outros exames de diagnóstico para avaliar a possibilidade de ser glaucoma secundário. Medicamentos de uso oral costumam ser utilizados em sintomas avançados da doença.

Se chegar a um diagnóstico de glaucoma secundário, o próximo passo é entender qual doença levou ao quadro de pressão ocular, seguido de tratamento específico. Para isso, o paciente precisa ser sincero com o médico, informando sobre qualquer doença que tenha para que o profissional avalie se algo pode estar afetando a saúde dos olhos.

Em casos avançados da doença, quando medicamentos e colírios estão fazendo pouca diferença nos sintomas, pode ser considerada a opção de cirurgia para abertura dos canais e melhora no escoamento do líquido dentro dos olhos. A cirurgia de glaucoma surge como última opção para evitar a perda total da visão, causando um quadro de cegueira irreversível.

Mas, importante: somente o médico pode avaliar o que é melhor para cada caso e indicar a melhor abordagem.

Como o estilo de vida das pessoas também pode influenciar no desenvolvimento da doença, principalmente como causa secundária, alguns cuidados envolvem manter o corpo ativo, com a prática regular de exercícios físicos e alimentação balanceada.

 

5 vilões e 5 aliados da saúde dos olhos

Existem hábitos que podem ser extremamente prejudiciais para a nossa saúde. Quando falamos em saúde dos olhos, as escolhas que fazemos podem gerar consequências ainda maiores no futuro.

Por isso, tome cuidado com o que pode ser um vilão para a sua visão – e para a saúde no geral:

  • Uso de óculos sem proteção UVB/UVA
  • Alimentação não balanceada
  • Vida sedentária
  • Tabagismo
  • Falta de consultas médicas de rotina

Ao mesmo tempo, existem atitudes que são grandes parceiras da saúde, principalmente dos olhos:

  • Alimentação saudável
  • Vacinação em dia, tanto para crianças quanto adultos
  • Consultas frequentes com o oftalmologista
  • Uso de óculos de grau compatíveis com a necessidade
  • Vida ativa com prática de exercícios

A corrida pode ser uma ótima opção de exercício para quem quer se movimentar e ter um estilo de vida ativo. Consulte seu médico antes de aderir ao esporte e confira dicas práticas para iniciar suas corridas aqui.

 

Fontes:Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro, Hospital de Olhos de São Paulo


Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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