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Hipertensão: riscos na pandemia para quem tem a doença

Hipertensão: riscos na pandemia para quem tem a doença

Quem possui diagnóstico de pressão alta está no grupo de risco para a COVID-19. Veja os cuidados que devem ser tomados por quem é hipertenso

Hipertensão: riscos na pandemia para quem tem a doença

12 Abril 2021

A hipertensão, também conhecida como pressão alta, é uma doença comum na população brasileira. A condição afeta uma a cada quatro pessoas adultas no país – mas pode ser diagnosticada em todas as fases da vida.

Como ocorre o diagnóstico e quais são os cuidados necessários, ainda mais durante a pandemia da COVID-19? Vamos saber mais a seguir. 

 

Sintomas e diagnóstico de pressão alta

Relação entre COVID-19 e hipertensão

5 passos para manter a pressão controlada em casa

Cuidados gerais para hipertensos durante a pandemia

Quem tem hipertensão pode se vacinar contra COVID-19?

Como comprovar a hipertensão?

 

Sintomas e diagnóstico de pressão alta

Apesar de ser uma condição relativamente comum, a hipertensão age silenciosamente no organismo. De acordo com estudos recentes, é considerado um caso de pressão arterial elevada se a leitura da pressão arterial sistólica for de 120 a 129 mmHg (que significa milímetros de mercúrio). Se a leitura sistólica atingir 130 ou mais, ou a leitura diastólica é 80 ou mais, pode ser considerado um caso de pressão alta ou hipertensão.

Pessoas hipertensas também podem sentir tontura, dor no peito e na cabeça. Porém, a maioria dos sintomas costuma aparecer quando há uma agravação nessa condição cardíaca que, se não tratada corretamente, pode levar até mesmo ao desenvolvimento de complicações no coração, como infarto e AVC (acidente vascular cerebral).

Causas da hipertensão

Alguns fatores impactam no desenvolvimento dessa doença, como estilo de vida sedentário, estresse, alimentação com muito sal e aumento de peso. Mas, também, existem casos que não dependem de fatores externos.

O acúmulo de gordura nas artérias, consequente de uma alimentação pouco balanceada, por exemplo, causa o estreitamento das veias, fazendo com que o coração precise se esforçar mais para bombear o sangue, aumentando a pressão e prejudicando o funcionamento do órgão.

Com o envelhecimento do corpo, as artérias também tendem a se tornar menos elásticas e menos capazes de acomodar a passagem do sangue, que, quando flui pelas artérias sob alta pressão, pode danificar o revestimento interno dos vasos sanguíneos, acelerando o acúmulo de placas carregadas de colesterol. Isso enrijece e estreita ainda mais as artérias, causando uma condição de saúde chamada de aterosclerose.

Considerando que o mesmo volume de sangue precisa passar por uma área menor, a pressão sistólica tende a aumentar, enquanto a pressão diastólica permanece a mesma ou diminui gradualmente com o tempo.

Antes de iniciar qualquer tipo de tratamento, o paciente com suspeita de hipertensão deve consultar um médico para avaliar a melhor abordagem de acordo com o caso, que pode incluir exames de resistência física e testes laboratoriais para auxiliar no diagnóstico.

 

Relação entre COVID-19 e hipertensão

No início da pandemia de COVID-19 no Brasil, muito se falava sobre os tais grupos de risco, que teriam maior propensão de desenvolver a doença com sintomas mais graves. A hipertensão foi incluída nessa conta, junto de outras doenças crônicas, como asma e diabetes.

Com o passar do tempo e a evolução do conhecimento científico sobre os impactos do novo coronavírus no organismo humano, entendeu-se que uma das sequelas do vírus atinge diretamente o coração.

Em uma pessoa com uma condição cardíaca sensível, essa contaminação representa um risco maior de agravamento pela ação do vírus no coração, observado em determinados estudos.

Além disso, durante o isolamento social, tem sido comum descuidarmos da alimentação, diminuindo as idas ao mercado e investindo mais em refeições prontas, que podem conter gorduras ruins para o organismo e quantidades elevadas de sal.

Passando a maior parte do tempo dentro de casa, a prática de exercício físico também pode ser prejudicada, contribuindo para uma vida mais sedentária e menos saudável. Esses fatores são grandes inimigos dos hipertensos e devem ser monitorados para que não haja piora nos sintomas.

Como a hipertensão resulta em complicações graves de COVID-19?

A relação entre hipertensão e o desenvolvimento de casos graves de COVID-19 é complexa. Alguns especialistas acreditam que a pressão sanguínea descontrolada resulta em inflamação crônica em todo o corpo, o que danifica os vasos sanguíneos e resulta na desregulação do sistema imunológico. Isso resulta em dificuldade de combate ao vírus ou em uma reação exagerada e perigosa do sistema imunológico à COVID-19.

 

5 passos para manter a pressão controlada em casa

A pandemia da COVID-19 segue e os cuidados com a nossa saúde não podem ser deixados de lado. Confira maneiras simples de manter o bem-estar em casa e evitar alterações na pressão arterial:

  1. Cozinhe mais: a alimentação balanceada contribui para um organismo mais saudável em todos os aspectos e possibilita que você tenha o controle do que ingere, conhecendo todos os ingredientes do preparo
  2. Crie uma rotina de exercícios: seja com aplicativos, vídeos na internet ou podcasts, tente se manter ativo, mesmo dentro de casa
  3. Tome os medicamentos na hora certa: despertadores, lembretes e outros métodos podem ajudar a seguir à risca os horários recomendados pelo médico para ingestão dos remédios
  4. Beba água: a água é um diurético natural que auxilia o organismo a limpar as impurezas 
  5. Mantenha-se informado: acompanhe fontes confiáveis de informações sobre a COVID-19

 

Cuidados gerais para hipertensos durante a pandemia

O controle adequado da pressão arterial tem benefícios de saúde a longo prazo e pode ajudar a prevenir sintomas graves de COVID-19.

  • Ficar em casa sempre que possível e manter a higiene é primordial. Para quem possui diagnóstico de hipertensão, essa máxima deve ser reforçada e estimulada para todas as pessoas do convívio diário
  • As visitas também são desaconselhadas e, se houver contato com outras pessoas, deve ser sempre de máscara e mantendo uma distância adequada
  • Os hipertensos devem continuar o tratamento com medicamentos em casa, respeitando os horários, e manter as idas presenciais ao médico sempre que for necessário
  • Quando for possível substituir e não houver alguma emergência envolvida, as consultas de acompanhamento podem acontecer a distância, por telefone ou videochamada
  • É importante manter um acompanhamento com outros profissionais, principalmente para avaliar a alimentação e a ingestão de sal

Por aqui, temos várias receitas saudáveis para testar em casa. Fique à vontade para experimentar a que melhor combina com você!

 

Quem tem hipertensão pode se vacinar contra COVID-19?

Sim. A hipertensão arterial – a depender do estágio da doença – está entre as comorbidades que elevam o risco de desenvolver a forma mais grave da COVID-19. Por isso, os hipertensos estão nos grupos prioritários para receber a vacina contra a doença.

Mas, atenção, não basta apenas ter pressão alta. Confira se o seu caso de hipertensão se enquadra no grupo prioritário de imunização de acordo com o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, editado em maio de 2021:

  • Hipertensão arterial resistente (HAR): que permanece acima das metas recomendadas mesmo com o uso de três ou mais anti-hipertensivos
  • Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo (cérebro, coração ou rins): sistólica entre 140 e 179 mmHG e/ou diastólica entre 90 e 109 mmHG
  • Hipertensão arterial estágio 3: sistólica acima de 180 mmHg e/ou diastólica acima de 110 mmHg independentemente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade 

 

Como comprovar a hipertensão?

Para comprovar que pertence a algum desses grupos de comorbidades, segundo o PNI, pacientes que fazem acompanhamento pelo SUS podem apresentar o cadastro já existente na sua unidade de referência.

Para pessoas não cadastradas no SUS, a comprovação do quadro hipertensivo pode ser feita com laudos, declarações, prescrições médicas ou relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde, CPF ou CNS do usuário, assinado e carimbado, em versão original.
As datas de vacinação para pacientes com comorbidades varia de acordo com a cidade. Confira o calendário atualizado da sua região. Quando chegar a sua vez, vacine-se!

Fazem parte dos grupos prioritários para a vacinação, conforme PNI, pessoas com comorbidades como: doença renal crônica, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, diabetes mellitus, hipertensão arterial grave (HAR, estágio 3 e estágio 1 e 2 com lesões em órgãos-alvo), pneumopatias crônicas graves, anemia falciforme, câncer, obesidade mórbida (IMC=40); síndrome de Down; além de idade superior a 60 anos e indivíduos imunossuprimidos.

E, mesmo depois da vacina, continue se protegendo com máscara, distanciamento social e higiene constante das mãos, até que a maior parte da população receba a vacina. Assim, você se cuida e também protege a coletividade da propagação do vírus. 

 

Fontes: Organização Pan Americana de Saúde/OMS, Harvard (Which blood pressure number matters most?Hypertension, health inequities, and implications for COVID-19)


Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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