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Desvendando o retinoblastoma

Desvendando o retinoblastoma

Tumor intraocular que atinge principalmente as crianças, tem altas chances de cura com o diagnóstico precoce

Desvendando o retinoblastoma

4 Fevereiro 2022

Nos últimos dias, muito tem se falado sobre um tipo de câncer que afeta, em sua grande maioria, crianças de 0 a 5 anos: o retinoblastoma. Um tumor intraocular maligno que atinge a retina – parte do olho responsável pela visão – de apenas um olho (unilateral) ou de ambos (bilateral).  Muito raro, é responsável por cerca de 2,5 a 4% de todas as neoplasias pediátricas.

Falar sobre uma doença rara, além de trazer informações importantes para a sociedade, traz também um alerta tão importante quanto: o diagnóstico precoce. Quando o retinoblastoma é identificado logo no início, as chances de cura atingem um percentual de mais 90%.

 

Para ajudar nessa corrente de conhecimento, saiba um pouco mais:

Como identificar o retinoblastoma

Como é feito o diagnóstico?

Tratamento

 

 

Como identificar o retinoblastoma

Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, o retinoblastoma se desenvolve a partir de uma anomalia genética no cromossomo de número 13. Normalmente, o crescimento celular que causa este câncer é de forma natural, sem aviso prévio e sem ter sido causado por qualquer outro fator externo (hábitos alimentares, por exemplo).

Por se tratar de um câncer que aparece em crianças bem pequenas, que normalmente não desenvolveram completamente a fala e a capacidade de indicar quando estão sentindo algo, é possível dizer que o retinoblastoma não é fácil de ser identificado. É preciso muita atenção e observação da família e do pediatra que, a qualquer sinal, deve encaminhar o paciente ao oftalmologista.

O retinoblastoma pode ser percebido em ações do cotidiano, como por uma fotografia.

Ilustração de como identificar o retinoblastoma por meio de fotografia

Normalmente, quando é usado o flash, os olhos saem vermelhos na imagem. Um sinal para este tipo de câncer é que o reflexo aparece esbranquiçado. O estrabismo também pode ser um sinal para a doença, mas são diversos fatores que podem causá-lo, então sempre peça orientação para o pediatra ou oftalmologista.

 

 

Como é feito o diagnóstico?

Diferente de outros tipos de câncer, o retinoblastoma é diagnosticado por avaliação clínica e não por biópsia - extração de tecidos para análise laboratorial. Este câncer é detectado em consultório através do exame de fundo de olho com a pupila dilatada.

Em alguns casos, ele pode ser identificado ainda na maternidade, no teste do olhinho. O mais importante para um bom diagnóstico é o tempo. O quanto antes ele for feito, maiores são as chances de cura. Para isso ser possível, é importante levar a criança ao oftalmologista no primeiro ano de vida ou pedir sempre uma avaliação mais profunda do pediatra nas consultas de rotina.

Bebê sendo examinado por uma pediatra

 

 

Tratamento

 

Adaptado para cada paciente, o tratamento para o retinoblastoma depende de diversos fatores como localização e tamanho do tumor, disseminação para além do olho (metástase) e prognóstico visual.

O manejo desse câncer envolve a quimioterapia, que pode ser por via intravenosa, intra-arterial, periocular (ao redor do olho) ou intraocular (no interior do olho). Em alguns casos, podem ser indicados métodos cirúrgicos (remoção do olho).

É muito importante que seja acionada uma equipe multidisciplinar com profissionais especializados como oftalmologistas, oncologistas, enfermeiros e profissionais de saúde mental, para que o tratamento ocorra de forma eficaz e alcance o resultado da cura.   

 

 

Fontes: INCA | SBOP | CBO

 


Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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