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Puerpério: como ser rede de apoio para uma recém-mãe

Puerpério: como ser rede de apoio para uma recém-mãe

Respeito às opções da família é uma das oito dicas para uma ajuda eficaz.

Puerpério: como ser rede de apoio para uma recém-mãe

10 Maio 2022

Quando nasce um bebê, nasce uma mãe. E, assim como o filho, ela também tem muitas descobertas a fazer e precisa de apoio nesse processo. É aí que entra a importância da rede de apoio: aquele grupo de pessoas que pode ajudar não só nas demandas do bebê, mas também nas da casa e dos pais, que, acredite: devem estar exaustos!

Quer saber como? Neste texto, vamos entender:

 

O que é puerpério e quais são os desafios?

Quem é e o que pode fazer a rede de apoio?

8 dicas para ser uma boa rede de apoio

 

O que é o puerpério e quais são os desafios?

Puerpério é o nome dado ao período logo após o parto até a recuperação do organismo da mulher e a adaptação dela à nova realidade familiar.

Sendo assim, a duração do puerpério pode variar muito. Alguns teóricos estimam cerca de 45 a 60 dias após o parto, outros marcam o fim do período pela primeira ovulação e menstruação pós-parto (que pode demorar mais em mães que amamentam).

Há ainda quem considere aspectos emocionais e familiares para determinar a duração do puerpério. Mudanças hormonais, privação de sono e insegurança estão entre os principais desafios da mãe nesse período. Além de todas as alterações no corpo e na rotina, há a responsabilidade de cuidar de um recém-nascido completamente indefeso.

Mãe cuidado de recém nascido

É preciso alimentar o bebê, se alimentar, trocar fraldas, dar banho, tomar banho, cuidar da posição de dormir, tentar dormir também, verificar se a roupa é adequada à temperatura, lavar roupas, louças, lidar com cólicas, refluxos, vacinas, reações e mil dúvidas. Como se não bastasse, a puérpera precisa lidar ainda com a expectativa – dela própria, da família e da sociedade – para que siga um modelo esperado de parentalidade.

Muita coisa? E ainda nem mencionamos a depressão pós-parto, que acomete mais de 25% das mulheres brasileiras, segundo estudo da Fiocruz.

Já deu para perceber que é praticamente impossível uma única pessoa dar conta de tudo, não é mesmo?

 

 

Quem é e o que faz a rede de apoio durante o puerpério?

Avó ajuda recém mãe no puerpério

Mesmo que haja uma parceria ativa em todas essas funções parentais, ter uma rede de apoio para além do núcleo familiar continua sendo muito importante. Aliás, vale enfatizar: pai não é rede de apoio nem “ajuda”, mas sim parceiro no aprendizado dessas novas funções.

A rede de apoio funciona como uma família estendida. São aquelas pessoas, normalmente parentes e amigos, que dizem “contem comigo”. E com quem os pais sabem que podem contar mesmo.

 

Oito dicas para ser uma boa rede de apoio no puerpério

Enquanto a família recém-nascida se organiza na nova rotina, a rede de apoio pode ajudar nas tarefas cotidianas, como cozinhar, lavar roupas, ficar com os filhos mais velhos e com os animais de estimação, quando for o caso. Além disso, ficar com o bebê enquanto os pais descansam ou tomam um banho mais demorado também é de grande ajuda.

Mas atenção: ser rede de apoio não significa chegar fazendo tudo, independentemente da vontade dos pais, ou chegar dizendo o que acha certo ou errado. É preciso, antes, entender as necessidades da família e respeitar suas opções.

Confira oito dicas para ser uma rede de apoio no puerpério e evitar conflitos.

 

1 - Não apareça de surpresa. Mande uma mensagem antes de visitar e também faça um combinado sobre a campainha ou interfone – o barulho alto pode interromper uma soneca muito aguardada!
 


2 - Oferecer comida: esse é um carinho e tanto! Nem sempre dá tempo de cozinhar ou mesmo de ir ao supermercado. Pergunte o que a família gosta de comer e o espaço que tem na geladeira.
 


3 - Levar um copo d’água quando a mãe estiver amamentando: isso ajuda na hidratação! Porém, se a mãe pedir privacidade para esse momento, respeite. Algumas mães podem preferir amamentar em ambiente reservado, nem sempre por pudor, mas para se conectar com o bebê ou porque os primeiros dias podem ser muito dolorosos.


4 - Oferecer-se para trocar fraldas e ajudar no banho. Cuidados desse tipo ajudam a criança a se acostumar com você e a confiar para quando precisar ficar com ela.


5 - Perguntar o que pode e o que não pode: antes de ficar com o bebê enquanto a mãe descansa, toma banho ou precisa sair por qualquer motivo, entenda as regras já existentes. Se a família não dá chupeta ou mamadeira, nada de oferecer escondido, ok?


6 - Evitar opiniões quando não solicitadas. Pais e mães costumam ficar bastante sensíveis a julgamentos, porque, no geral, já estão dando o melhor que podem. Se a mãe ou o pai perguntarem sobre sua experiência ou opinião, fale, mas lembrando que não existe verdade única na criação de filhos.


7 - Oferecer-se para um passeio com irmãos mais velhos ou animais de estimação, quando for o caso. Saber que seus outros amores estão bem, tranquiliza os pais a se dedicarem à nova vida.


8- Ser um bom ouvinte: às vezes a mãe e o pai já têm uma boa rede organizada para as funções básicas, mas precisa mesmo é de uma boa conversa e companhia. Esteja por perto.


 

Conforme a criança cresce, e o puerpério, tecnicamente, acaba, a rede de apoio não precisa se desfazer. Pelo contrário! Ela pode se ampliar. Neste ponto, entram colegas de trabalho, empregadores, educadores e até outras mães e pais de coleguinhas, que se ajudam das mais diversas formas.

Afinal de contas, como diz o provérbio africano: é preciso uma aldeia para educar uma criança!

 

 

Fontes: Hospital Albert EinsteinRevista Mineira de EnfermagemEscola Ana Nery


Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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