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Alergias: sintomas e diagnóstico

Alergias: sintomas e diagnóstico

Conheça detalhes sobre os principais tipos de alergia e como reconhecê-las

Alergias: sintomas e diagnóstico

1º Julho 2021

O almoço que você preparou com cuidado, produtos de boa qualidade e procedência acabou não caindo muito bem, causando diarreia ou vômito? Ou, então, um mosquito picou sua pele e a mancha vermelha aumentou mais que o normal? É bem possível que estejamos diante de um quadro de alergia.

A Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 30% das pessoas possuem algum tipo de alergia.

A reação alérgica nada mais é do que uma resposta do sistema imunológico a algum agente considerado perigoso ao nosso organismo. Essas “ameaças”, ou fatores alérgenos, podem ser desde um animal de estimação até a mudança de temperatura, ou algum tipo de alimento.

A seguir, abordaremos os principais tipos de alergia, métodos para diagnóstico e relação com a COVID-19. Acompanhe para entender mais.

 

Sintomas de alergia: as principais manifestações alérgicas

Acredito que sou alérgico(a), e agora?

Perguntas e respostas: alergia e COVID-19
 

Sintomas de alergia: as principais manifestações alérgicas

Algumas reações alérgicas provocam sintomas leves, como uma simples coceira nos lábios, enquanto outras, mais graves, podem atacar diversos órgãos.

Os principais sintomas de reação alérgica são:

  • Na pele: urticária, inchaço, coceira, eczemas (inflamações na pele com formação de bolhas e feridas)
  • No aparelho gastrintestinal: diarreia, dor abdominal e vômitos
  • No aparelho respiratório: coceira e sensação de garganta fechando. Além disso, pode haver tosse seca irritativa, sensação de aperto no peito, crises de espirro e intensa congestão nasal ou coriza

Atenção para a manifestação mais grave: a anafilaxia que é uma reação alérgica grave, às vezes com risco de vida, que ocorre dentro de minutos a várias horas após a exposição a uma substância causadora de alergia (alérgeno) e também pode ser denominada de choque anafilático. Na anafilaxia, esses produtos alergênicos causam sintomas graves na pele, como urticária e inchaço, bem como problemas respiratórios graves, como inchaço na garganta, estreitamento das vias respiratórias inferiores e respiração ofegante. Estes alérgenos também provocam uma dilatação dos vasos sanguíneos, levando a uma queda rápida e severa da pressão arterial (choque). A anafilaxia é uma emergência médica com risco de vida.

 

Principais causas

Normalmente inofensivos para a maior parte das pessoas, algumas substâncias podem provocar sérios incômodos a quem sofre de alergia. Os fatores alergênicos mais comuns são:

  • Alimentos - leite, ovos, amendoim, nozes, frutos do mar, vegetais
  • Contato com pólen, ácaros, poeira e pêlos de animais
  • Medicamentos - antibióticos (especialmente penicilina), aspirina, anti-inflamatórios não hormonais, relaxantes musculares, medicamentos para quimioterapia e HIV
  • Picadas de insetos - abelhas, marimbondos, vespas, mosquitos e formigas.
  • Contrastes – usados em radiografias e exames radiológicos
  • Produtos químicos industriais – látex e borracha
  • Imunoterápicos – vacinas para alergia
Leia também: Por que temos alergias?

 

Acredito que sou alérgico(a), e agora?

Uma das principais formas de descobrir uma alergia é a anamnese, a avaliação clínica feita pelo médico a partir do histórico do paciente com determinados sintomas.

Se toda vez que a pessoa bebe leite, há vômito e alteração nas fezes, por exemplo, é sinal de que algo não está funcionando muito bem. O ideal, aqui, é que o paciente não espere os sintomas piorarem para buscar ajuda profissional.

 

Quais são os exames para diagnóstico de alergias?

Depois da análise do histórico clínico, caso seja necessário, parte-se para o diagnóstico clínico, com o auxílio de exames e testes, tais como:

  • Exames de sangue: comuns para vários tipos de alergia, avaliam a presença de anticorpos IgE. O sangue é coletado em laboratório e enviado para análise.
  • Teste cutâneo: é o teste dos patches, pequenos pedaços de adesivo com possíveis substâncias alérgenas que são colados, geralmente, nas costas do paciente, em ambiente hospitalar. O diagnóstico acontece de acordo com a observação das reações durante o dia do exame e nos dias seguintes. Esse teste também pode ser feito com picadas e ranhuras na pele do braço, em que são introduzidas pequenas doses de alérgenos suspeitos e avaliada a reação
  • Teste de provocação oral: geralmente utilizado para descobrir comidas que causam alergia alimentar. O paciente recebe pequenas doses do alimento suspeito em ambiente hospitalar ou laboratorial, com segurança, que vão aumentando progressivamente
  • Teste de provocação: é pouco utilizado, mas pode ser eficaz para diagnosticar alergias respiratórias e a medicamentos. Aqui, a substância suspeita é colocada em contato com mucosas como olhos, nariz e boca, e as possíveis reações do organismo do paciente são avaliadas

O correto diagnóstico evita uma série de complicações, que podem levar o paciente até mesmo ao óbito. Em caso de suspeita de alergia, consulte o seu médico de confiança.  Descobertas as causas, a melhor coisa a fazer é evitar o contato com os “gatilhos” das reações alérgicas. O médico poderá orientar novos testes de reintrodução (especialmente para crianças) ou então prescrever o que deve ser feito para casos de contato involuntário e novas crises alérgicas.

 

Perguntas e respostas: alergias e COVID-19

A COVID-19 desencadeou uma série de reações adversas nos pacientes que contraíram o vírus, e ainda causa muitas dúvidas sobre o que pode ser ou não resultado da contaminação. Dentro do conhecimento disponível atualmente, separamos algumas perguntas e respostas sobre a relação da COVID-19 com alergias. Confira abaixo:

 

1. Alergia? Gripe comum? Ou COVID-19?

Como estamos enfrentando temores e incertezas relacionados à pandemia de coronavírus, cada irritação de garganta, gotejamento nasal ou tosse são suspeitos: eu tenho Covid-19? Sabemos que COVID-19 pode causar sintomas graves, com risco de vida, embora a maioria das pessoas apresentem uma evolução clínica leve a moderada. Dois fortes indicadores que sugerem alergias: se você já tem histórico prévio de alergias e se a coceira é um componente importante de seus sintomas. Pessoas com alergias costumam ter coceira nos olhos, no nariz e espirros, bem como sintomas de alergia menos específicos, como coriza e congestionamento nasal, e dor de garganta ou tosse, geralmente causada por gotejamento pós-nasal.

 

Diferenças entre gripe, resfriado, alergia e coronavírus

 

2. COVID-19 pode causar alergia?

Sim. Principalmente nas reações cutâneas, existem estudos mostrando a relação entre a contaminação por COVID-19 e as doenças de pele, como exantema (manchas vermelhas), urticária (manchas com pele levantada e presença de prurido no local), livedo (manchas que parecem rendas na pele) e, nos piores casos – e mais raros –, isquemia e necrose (quando o livedo evolui e causa danos nos tecidos).

 

3. As vacinas contra COVID-19 causam reações alérgicas?

Raramente. Há relatos de pessoas que foram vacinadas e apresentaram reações alérgicas. De acordo com estudo desenvolvido pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), os casos com risco de anafilaxia aconteceram com pacientes que já possuíam alergia grave a componentes das vacinas ou determinados medicamentos e alimentos. Se houver dúvidas, um profissional de confiança deve ser consultado.

 

4. Quem sofre algum tipo de alergia pode tomar a vacina contra a COVID-19?

Depende. A contraindicação no que se refere a alergias é apenas para pessoas com histórico de reações alérgicas severas (anafilaxia) aos componentes das vacinas. Para quem tem histórico de alergias a alimentos, animais de estimação, insetos ou outros, o Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC, na sigla em inglês) recomenda que prossiga com a vacinação, com um período de observação.

Na sessão Coronavírus: O que você precisa saber , existem vários artigos relacionados à COVID-19. Consulte sempre que necessário, e não deixe de procurar um médico em caso de sintomas.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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