Anemia falciforme: entenda o que é e como cuidar
Conheça a doença que altera o formato dos glóbulos vermelhos e as funções sanguíneas no organismo
Anemia falciforme: entenda o que é e como cuidar
12 Junho 2023
É muito comum acreditar que a anemia falciforme é causada por deficiência nutricional, mas, na verdade, sua origem é genética.
O paciente sofre de alterações nos glóbulos vermelhos (os responsáveis por transportar oxigênio no organismo e pela coloração vermelha no sangue), podendo apresentar icterícia, sentir dores crônicas, fadiga, entre outros sintomas.
Continue a leitura para saber mais sobre essa doença, desde as principais causas até os tratamentos disponíveis.
Quais são os sintomas da anemia falciforme?
O que é a anemia falciforme?
Imagem ilustrativa
A anemia falciforme tem esse nome porque deixa os glóbulos vermelhos com um formato semelhante ao da lâmina de uma foice, em vez de redondo, que é o formato normal.
É uma doença hereditária e de origem africana, por isso, é mais comum em pessoas pretas e pardas. Entretanto, pode ser encontrada também em pessoas brancas. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 60 mil brasileiros possuem a doença, sendo uma delas a anemia.
Ela começa a se manifestar a partir do primeiro ano de vida e não tem cura. Há diversos graus de severidade da doença que podem causar complicações nos órgãos e sistemas e, em alguns casos, levar à morte.
Quais são os sintomas da anemia falciforme?
A anemia falciforme pode apresentar sintomas diferentes em cada pessoa. A manifestação tende a aparecer a partir do 1º ano de vida, e os sinais mais comuns são:
Crise de dor: ocorre pela obstrução dos vasos sanguíneos pelos glóbulos vermelhos em forma de foice. Frequentemente a dor se concentra nos braços, pernas e articulações, mas em casos graves pode atingir outras partes do corpo.
Infecções: quem tem a doença apresenta mais propensão a infecções. Em crianças, essa condição pode provocar pneumonias e meningites. Por isso, a vacinação é tão importante.
Síndrome mão-pé: nas crianças com pouca idade, crises de dor podem acontecer em pequenos vasos sanguíneos das mãos e pés, deixando a região inchada e avermelhada.
Úlcera de perna: normalmente aparece na adolescência. Feridas surgem na região dos tornozelos e podem demorar anos para cicatrizar completamente se não for tratada desde o início.
Problemas no baço: o órgão responsável por filtrar o sangue também pode ser afetado nas pessoas com anemia falciforme. O baço pode aumentar rapidamente e “sequestrar” o sangue. Esse problema, inclusive, pode levar à morte pela diminuição de sangue em outros órgãos, como cérebro e coração. Em casos assim o tratamento tem que ser feito de forma emergencial.
Diagnóstico e tratamento
A anemia falciforme pode ser detectada por meio do exame eletroforese de hemoglobina, realizado durante o popular teste do pezinho. Nele, é possível detectar precocemente as doenças decorrentes de alterações na produção da hemoglobina, chamadas de hemoglobinopatias – a falciforme é uma delas.
O tratamento deve acontecer com acompanhamento médico de atenção integral. Ou seja, os pacientes precisam de acompanhamento a vida toda, por uma equipe especializada.
Assim é possível orientar a família e o paciente para os sinais da doença e tratar de maneira correta as crises e como se prevenir. Normalmente, a equipe conta com médicos, enfermeiras, nutricionistas, psicólogos, dentistas e assistentes sociais.
É importante lembrar que quando o tratamento é realizado corretamente e com o acompanhamento adequado, a pessoa com a doença pode manter uma boa qualidade de vida.
Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil
