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Incontinência urinária: entender para tratar

Incontinência urinária: entender para tratar

Mais comuns entre as mulheres, os escapes de urina também podem afetar os homens. Entenda mais!

Incontinência urinária: entender para tratar

1º Março 2022

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina pela uretra: aqueles escapes de xixi que acontecem – em maior ou menor volume – durante esforços físicos ou antes de chegar ao banheiro.

 De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária atinge 40% das gestantes e 35% das mulheres após a menopausa. Após os 60 anos de idade, o índice é de 30 a 60% das pessoas com o problema. Nos homens, pode acontecer principalmente após cirurgias de próstata ou em casos de inchaço desse órgão. Cerca de 5 a 10% dos homens que fazem essa operação podem apresentar perda de urina.

Além de afetar o trato urinário em si, o problema também é sensível a outras dimensões do bem-estar, levando ao isolamento e, até mesmo, à depressão. É comum que muitas pessoas deixem de frequentar reuniões sociais por vergonha ou medo de ter escapes de urina e exalar mau cheiro, por exemplo.

Mas calma. A incontinência urinária pode ser tratada para permitir o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida. Vamos entender mais?

 

Tipos de incontinência urinária e tratamento

O que causa a incontinência urinária

 

Tipos de incontinência urinária e tratamento

 

Entendendo a relação da bexiga com o esfíncter:

A bexiga é o órgão que armazena a urina produzida pelos rins, com capacidade média de 400 a 500 ml. O esfíncter urinário ou uretral é o músculo que funciona como uma válvula para impedir a saída de urina enquanto a bexiga está enchendo.

A relação dos dois funciona assim: enquanto a bexiga relaxa para se encher, o esfíncter se contrai para fechar a saída. No momento de urinar, ocorre o contrário: a bexiga se contrai para expelir a urina, e o esfíncter relaxa para liberar a passagem pela uretra.

 

Quando há uma falha nessa coordenação entre bexiga e esfíncter, pode ocorrer a incontinência urinária, seja a de esforço, de urgência ou mista.

 

 

Incontinência urinária de esforço

Incontinência de esforço

É quando o escape de urina ocorre durante algum esforço físico abdominal: tosse, espirro ou levantamento de peso, por exemplo. A causa mais comum aqui é a flacidez da musculatura dos esfíncteres.

Nos casos mais iniciais, tratamento de reabilitação da musculatura pélvica, como fisioterapia, podem ajudar. Em casos mais severos, pode ser necessária a intervenção cirúrgica.

 

 

Incontinência urinária de urgência

Acontece quando a bexiga se contrai involuntariamente (chama-se também de bexiga hiperativa), tornando urgente a corrida para o banheiro. Nesse caso, é comum ocorrer escapes antes de chegar ao sanitário. Pode ocorrer por causa de infecções na bexiga ou estar relacionada a doenças neurológicas que afetam o controle muscular.

O tratamento deve atuar na causa, podendo ser com exercícios de fisioterapia, remédios ou técnicas cirúrgicas. Mudanças comportamentais como diminuir a ingestão de cafeína, regular o consumo de líquidos e ir ao banheiro em horários programados (mesmo sem vontade ainda) também ajudam a reduzir a incidência de escapes de urina.

 

Incontinência Urinária Mista

Este tipo de incontinência combina sintomas dos outros dois. Além dos escapes em momentos de esforço, há a impossibilidade ou dificuldade extrema de segurar a urina até chegar ao banheiro.

Em alguns casos, exercícios para incontinência urinária com acompanhamento fisioterápico já são suficientes para reabilitação da musculatura pélvica. Aliás, exercícios de Kegel trabalham essa musculatura e ajudam a evitar o quadro de incontinência urinária. Converse com seu médico para encaminhamento a um fisioterapeuta especializado.

 

O que causa a incontinência urinária?

Incontinencia na gravidez

Ela pode ser sintoma de outros distúrbios, por isso, as causas precisam ser investigadas pela equipe médica.

Gravidez e parto (vaginal ou cesárea), por exemplo, podem alterar o assoalho pélvico e provocar incontinência. A redução do estrógeno durante a menopausa também afeta a musculatura em volta do esfíncter. Tudo isso, além da própria anatomia, faz com que a incidência entre as mulheres seja maior do que entre os homens.

Outras possíveis causas mais frequentes:

 

  • Infecções urinárias ou vaginais
  • Efeitos colaterais de medicamentos diuréticos
  • Constipação intestinal
  • Fraqueza muscular
  • Obstrução da uretra pelo aumento da próstata
  • Doenças que afetam os nervos ou músculos
  • Alguns tipos de cirurgia ginecológica ou na próstata
  • Obesidade
  • Tosse crônica relacionada ao tabagismo
  • Questões ambientais ou psicológicas

 

Mesmo sendo algo relativamente comum, é importante sempre relatar ao médico os episódios de escape de urina. A incontinência não é um problema menor, nem deve ser ignorado. Há tratamento e formas de reverter o quadro e preservar o bem-estar.

 

Por fim, é importante não confundir incontinência urinária com infecção urinária. Elas podem até estar relacionadas em alguns casos, mas não são a mesma coisa.

Saiba mais sobre infecção urinária aqui.

 

Fontes: Ministério da Saúde | SBU 

 


Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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