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Meningite viral e bacteriana: sintomas, transmissão e vacinas

Meningite viral e bacteriana: sintomas, transmissão e vacinas

O que é e quais são os sinais de meningite? Como se proteger? Leia e descubra mais sobre essa doença.

Meningite viral e bacteriana: sintomas, transmissão e vacinas

20 Abril 2021

A meningite é a infecção das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por bactérias, vírus e até por fungos. Apesar dos avanços em relação à prevenção e aos tratamentos, ela ainda afeta milhares de pessoas e pode ser fatal.

Saber mais sobre a meningite é importante para combatê-la e reduzir seus danos. Vamos entender? 

 

Como se pega meningite?

Sintomas de meningite

Tipos de meningite: bacteriana e meningocócica, viral, eosinofílica

Quais são as vacinas contra meningite?

 

Como se pega meningite?

Como falamos, a meningite geralmente ocorre pela infecção das meninges (cada uma das três membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, com a função de protegê-los) por agentes infecciosos, como bactérias, vírus ou fungos. Mas, em casos menos comuns, também pode se dar por uma inflamação ocasionada por cânceres, lúpus e reações a alguns medicamentos.

As meningites virais ou bacterianas são contagiosas, ou seja, podem passar de uma pessoa para outra. A transmissão da meningite acontece por meio do contato com saliva e/ou secreções respiratórias de uma pessoa contaminada.

Felizmente, a meningite não é tão contagiosa quanto outras doenças, como a gripe, por exemplo. Usualmente, a transmissão depende de contatos mais prolongados como beijos na boca ou entre pessoas que moram na mesma casa e, portanto, passam muito tempo juntas.

A meningite viral também se transmite pela saliva e por secreções respiratórias, mas tem uma peculiaridade: é possível pegar por meio do contato com água e alimentos não tratados ou contaminados com as fezes de uma pessoa infectada. 

Vale lembrar que nem toda pessoa que tem contato com os agentes infecciosos desenvolvem a doença, pois isso também vai depender de fatores como a capacidade de defesa do organismo.

 

Sintomas de meningite

A meningite pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Dor/rigidez na nuca
  • Dor de cabeça
  • Dor nas articulações
  • Vômito
  • Confusão mental
  • Sensibilidade à luz
  • Sonolência
  • Febre
  • Manchas avermelhadas na pele
  • Convulsões

Esses sintomas podem aparecer em bebês ou adultos e podem variar de acordo com o caso e o tipo da doença. Se sentir alguns desses sintomas, procure um médico rapidamente!

 

Tipos de meningite: bacteriana, viral, eosinofílica

Os tipos de meningite variam de acordo com o agente infeccioso causador da doença. Descobrir a origem é importante para os médicos, pois vai orientar o tratamento adequado.

 

Qual é a diferença entre meningite viral e bacteriana?

Além da diferença óbvia – uma é causada por vírus e outra, por bactérias –, a meningite viral costuma ser menos grave e tende a não deixar sequelas, enquanto a meningite bacteriana pode ser mais grave.

Na viral, também é comum que os sintomas sejam parecidos com o de uma virose, o que não invalida a possibilidade de outros sinais. O tratamento de cada uma é diferente. Vamos entender com mais detalhes?

 

Meningite bacteriana e meningite meningocócica

Quando causada por bactérias, chamamos a doença de meningite bacteriana. As bactérias causadoras mais comuns são Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Neisseria mengitidis. A última é a origem da meningite meningocócica, a mais conhecida e com tendência a ser mais grave. 

O diagnóstico é feito por exames físicos e laboratoriais, com amostras de sangue e do líquor (um líquido presente entre as membranas que citamos, meninges). E o tratamento será orientado pelo médico, comumente envolvendo antibióticos.

 

Meningite viral

Como diz o nome, ela é causada por vírus, usualmente do tipo enterovírus, mas também pode ter origens menos frequentes como o vírus do herpes simples, HIV, zika e outros.

O diagnóstico é feito por testes clínicos e, como falamos, a tendência é que os sintomas sejam mais leves. Não há um tratamento específico e, muitas vezes, a pessoa se cura com repouso e antitérmicos contra a febre.

Mas fique de olho: mesmo com sintomas leves é importante ir ao médico, já que eles podem piorar. É necessário descartar completamente a possibilidade de ser bacteriana. Aliás, é comum o uso de antibióticos até que o diagnóstico seja comprovado.

 

Meningite eosinofílica

Esta meningite é causada por um verme chamado Angiostrongylus cantonensis. Ela é menos comum que as outras, mas também deve ser considerada.

Sua transmissão é diferente das outras: ocorre pela ingestão direta de caranguejos, camarões, moluscos, tatu-bola e caracóis, como o escargot, infectados pelo parasita ou pelo muco (aquela “gosma” que faz com que eles deslizem) contaminado de lesmas e caracóis em verduras.

Essa ingestão acidental pode ser evitada cozinhando bem esses alimentos e higienizando tudo corretamente. E o diagnóstico dessa meningite também é feito pela análise de sangue e do líquor.

Já, em relação ao tratamento, não é possível matar o verme. Por isso, em casos de meningite eosinofílica o mais comum é observar o caso e esperar passar sozinho. Alguns medicamentos podem ser receitados contra os sintomas (dores, febre, vômitos etc.)

Evite a contaminação por vírus e vermes:  veja como higienizar os alimentos corretamente

 

Quais são as vacinas contra meningite?

As vacinas são a forma mais segura e eficaz de prevenção da meningite, com exceção da eosinofílica, contra a qual não há imunização.

Primeiro, conheça as vacinas contra meningite do Programa Nacional de Imunização (PNI) e que, portanto, são oferecidas gratuitamente pelo SUS:

  • BCG (previne a meningite tuberculosa): ao nascer
  • Meningocócicas conjugadas C: duas doses, ministradas no terceiro e quinto mês de vida
  • Pneumocócica conjugada 10-valente: no segundo e quarto meses de vida
  • Meningocócia ACWY: entre 11 e 12 anos
  • Pentavalente (inclui a cavina contra Haemophilus inflenzae b): são três doses dividadas entre segundo, quarto e sexto meses

 

Agora, veja as vacinas disponíveis apenas em centros de imunização privados:

  • Meningocócicas B: duas doses, no terceiro e no quinto meses
  • Pneumocócica conjugada 13-valente (análoga a pneumocócica conjugada 10 valente, mas protege de 13 sorotipos de pneumococos e não só 10): no segundo, quarto e sexto meses de vida, além de reforço entre décimo segundo e décimo quinto meses

Para bebês prematuros e condições especiais, as recomendações de vacinação podem mudar. Siga a orientação do seu pediatra e o calendário oficial de imunização.

Quer saber quais vacinas tomar em cada época da vida? Leia a matéria “ Você e seu filho já se vacinaram? ” e veja a lista completa.

Agora que você já sabe mais sobre a meningite, lembre-se de se vacinar e compartilhe a importância da vacinação com mamães e papais que você conhece.

 

Fontes: Prefeitura de São PauloSociedade Brasileira de PediatriaGoverno de Santa Catarina  Diretoria de Vigilância EpidemiológicaDrauzio Varella, Vacinas


Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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