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Você e seu filho já se vacinaram?

Você e seu filho já se vacinaram?

Entenda a importância da imunização e saiba mitos e verdades sobre as vacinas

Você e seu filho já se vacinaram?

23 Julho 2020

 

Atualizado em 07/06/22

O ditado é antigo, mas se aplica perfeitamente aos dias atuais: “é melhor prevenir do que remediar”. A vacinação é uma importante aliada no combate a diversas doenças. Com origem no século 18, a vacina teve papel importante na diminuição das mortes por varíola, que chegava a matar até 40% dos infectados

Atualmente, existem 38 mil salas de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o Brasil e ao todo, são disponibilizados 19 tipos de vacinas para mais de 20 doenças. Essa proteção é iniciada ainda nos recém-nascidos, e deve se estender por toda a vida.

Com a pandemia da covid-19 houve uma aceleração mundial na produção e aprovação emergencial de uma vacina para conter o vírus. Atualmente, 60,4% da população mundial e 77% da população brasileira a partir dos 5 anos já cumpriram o cronograma vacinal contra a doença.

Neste texto você entende mais sobre o universo das vacinas:

 

Movimento antivacina e fake news

Mitos e verdades sobre vacinação

Vai viajar? Veja o que precisa saber sobre vacinas

Doenças que podem ser prevenidas com vacina

Covid-19: como se orientar para a vacinação

 

 

Movimento antivacina e fake news

Pessoas utilizam celular

Em países da Europa, nos Estados Unidos e também no Brasil, o movimento antivacina é crescente e compromete a cobertura vacinal de crianças e jovens. Coberturas vacinais menores do que 80% da população podem facilitar o retorno de doenças infecciosas há anos erradicadas e de surtos em massa de doenças como caxumba, sarampo e varicela.

Não vacinar as crianças pode trazer efeitos prejudiciais para a saúde e para a sua sobrevivência e prejudicar toda a população infantil do país. Bilhões de crianças são vacinadas todos os anos, no mundo todo. E é essa enorme cobertura que garante que as doenças infecciosas não voltem a causar mortes e sequelas a elas.

O movimento antivacina não tem base científica. Divulgam fake news em páginas criminosas na internet, informações falsas que podem matar pessoas. Cuidado! Não compartilhe notícias falsas. Na dúvida, converse com seu médico.  

 

VOCÊ SABIA?  O Ministério da Saúde criou um serviço de informação, para os cidadãos se certificarem sobre as notícias ou imagens que recebem. Clique aqui e confira o portal com mais informações.

 

Veja quais são os principais mitos sobre vacinação:

vacina é aplicada em paciente

1 - Vacinas causam autismo?

Não há relação, já que o autismo é um transtorno do funcionamento cerebral de causa ainda desconhecida, possivelmente genética.  A confusão se dá pois o diagnóstico do autismo acontece na infância, época em que é aplicada a maioria das vacinas.

2 - Higiene e saneamento básico farão doenças desaparecerem?

A importância das vacinas independe de condições adequadas de higiene e saneamento básico, que são importantes em qualquer situação. Lavar as mãos com água e sabão sempre e usar água limpa ajudam a proteger as pessoas de doenças infecciosas, mas somente as vacinas podem preveni-las efetivamente.

3 - Vacinação pode ser fatal ou ter efeitos colaterais desconhecidos a longo prazo?

Não, porque as vacinas são muito seguras. A maioria das reações é pequena e temporária. Reações graves são extremamente raras e cuidadosamente monitoradas. É mais provável que uma pessoa adoeça por causa de uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina.

4 - Se as doenças estão quase erradicadas, mesmo assim preciso me vacinar?

Sim! Embora as doenças evitáveis por imunização tenham sido quase extintas e sejam consideradas raras, os agentes infecciosos ainda circulam em algumas partes do mundo, podendo ultrapassar fronteiras geográficas e infectar pessoas não protegidas.

5 - Doenças infantis são simples decorrências da idade, normais na vida da criança?

Não. Enfermidades como caxumba, rubéola e sarampo são graves e podem levar a complicações como pneumonia, encefalite, cegueira, diarreia, infecções de ouvido, síndrome da rubéola congênita (caso uma mulher seja infectada com rubéola no início da gravidez) e até à morte. Não vacinar uma criança a torna altamente vulnerável.

6 - Aplicar mais de uma vacina ao mesmo tempo em uma criança pode aumentar os riscos de danos e eventos prejudiciais no sistema imunológico?

Mito. Evidências científicas indicam que aplicar várias vacinas ao mesmo tempo não causa aumento de eventos adversos sobre o sistema imunológico das crianças. Elas são expostas a centenas de substâncias estranhas, que desencadeiam uma resposta imune todos os dias. O simples ato de comer introduz novos antígenos no corpo e diversas bactérias vivem na boca e no nariz. Uma criança é exposta a muito mais antígenos em um resfriado comum ou numa dor de garganta do que quando é vacinada.

 

 

Vai viajar? Veja o que precisa saber sobre vacinas

mulher no aeroporto

Estrangeiros em visita ao Brasil precisam se vacinar?
Não existe nenhuma obrigatoriedade de vacinação para entrada no país. Porém, o Ministério da Saúde do Brasil recomenda que os turistas internacionais atualizem a sua situação vacinal previamente à chegada ao Brasil, conforme as orientações do calendário de vacinação do país de origem ou de residência, em especial, as vacinas contra febre amarela, poliomielite, sarampo e rubéola, difteria e tétano.

E se for viajar para outro país?
Para viagens internacionais, o Ministério da Saúde do Brasil orienta que o viajante esteja com a caderneta de vacinação atualizada, conforme as orientações do Calendário Nacional de Vacinação.

Deve-se incluir o cartão de vacinação entre os documentos da viagem, pois, conforme as normas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), ele comprova a vacinação em território nacional. Para viagens internacionais, é importante dispor também do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP), quando exigido para entrada no país de destino ou onde ocorra escala de voos.

 

 

Conheça algumas doenças que podem ser prevenidas com vacina

Durante a pandemia da covid-19, as pessoas precisaram permanecer em isolamento social e, muitas vezes, sem contato até mesmo com os próprios familiares. A ação de ficar em casa protegeu muita gente de contrair o vírus, porém, as afastou dos cuidados contra outras doenças.

Não é de hoje que muito tem se falado sobre casos de doenças antes erradicadas pela vacina. Para garantir que tais enfermidades não se tornem um novo problema na gestão da saúde, o processo de vacinação não deve ser interrompido.

Vamos conhecer algumas doenças para as quais existe vacinação no Brasil:

 

Poliomelite   doença contagiosa, provocada por vírus e caracterizada por paralisia súbita geralmente nas pernas. A transmissão ocorre pelo contato direto com pessoas ou fezes contaminadas, ou com água e alimentos contaminados.

Tétano   infecção causada por uma substância tóxica produzida pelo bacilo tetânico, que entra no organismo por meio de ferimentos ou lesões na pele (tétano acidental) e atinge o sistema nervoso central. É caracterizada por contrações e espasmos, dificuldade para engolir e rigidez no pescoço.

Coqueluche   também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa, que compromete o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por ataques de tosse seca. É transmitida por tosse, espirro ou saliva contaminada.

Meningite   inflamação das meninges (membranas que envolvem o cérebro), tem início súbito, com febre, dor de cabeça intensa, náusea, vômito, rigidez da nuca e pode levar à morte. A meningite pode ser causada por diferentes micro-organismos e, por isso, existem vacinas que ajudam a prevenir a meningite meningocócica causada por Neisseria meningitidis dos sorogrupos A, B, C, W-135 e Y, meningite pneumocócica causada por S. pneumoniae e meningite causada pela Haemophilus influenzae tipo b.

Sarampo   causado por um vírus que provoca febre alta, tosse, coriza e manchas avermelhadas pelo corpo. É transmitida pela tosse, espirro ou fala, especialmente em ambientes fechados.

Rubéola   provocada por um vírus que atinge principalmente crianças e provoca febre e manchas vermelhas na pele, começando pelo rosto, couro cabeludo e pescoço, se espalhando pelo tronco, braços e pernas. É transmitida pelo contato com pessoas contaminadas.

Caxumba   doença viral que pode causar febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas responsáveis pela produção de saliva na boca (parótida) e, às vezes, de glândulas que ficam sob a língua ou a mandíbula (sublinguais e submandibulares). Pode causar inflamação dos testículos, ovários e meningite viral. É transmitida por tosse, espirro ou fala.

Febre amarela   doença infecciosa, causada por um vírus que pode ser transmitido por vários tipos de mosquito, como Aedes Aegypti, Haemagogus e Sabethes. A forma da doença que ocorre no Brasil é a Febre Amarela Silvestre e é mais comum em regiões não urbanas. É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de cabeça, náuseas e, em alguns casos, sangramento no fígado, cérebro e rins, podendo levar à morte.

Difteria   causada por um bacilo produtor de uma toxina que atinge as amídalas, faringe, nariz e pele, onde provoca placas branco-acinzentadas. É transmitida por tosse ou espirro.

Hepatite B   doença viral que provoca mal-estar, febre baixa, dor de cabeça, fadiga, dor abdominal, náuseas, vômitos e aversão a alguns alimentos. A pele fica amarelada e a doença pode levar a uma infecção crônica (permanente) do fígado.

 

Muitas dessas doenças já não fazem parte da realidade brasileira devido ao poder das vacinas. No entanto, a queda na taxa de vacinação pode fazer com que doenças como meningite, hepatite B e tuberculose voltem a se tornar um assunto de saúde pública.

 

Fique de olho no Calendário Nacional de Vacinação para não perder nenhum prazo.

 

Covid-19: como se orientar para a vacinação

frasco e seringa - vacina

A covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, de alta transmissibilidade em humanos e com casos pelo mundo inteiro. Com os primeiros casos em Wuhan (China) em 2019, foram poucos meses até ser decretada a pandemia, em 11 de março de 2020, com mais de 500 milhões de casos e 6,2 milhões de mortes no mundo.

Atualmente, as vacinas contra a covid-19 chegam ao Brasil por quatro formas: registro, uso emergencial, importação excepcional ou pelo consórcio Covax Facility.

Os estudos clínicos são conduzidos pelos laboratórios farmacêuticos e instituições de pesquisa. No papel de agência reguladora no país no âmbito de comprovação de qualidade, eficácia e segurança, a Anvisa define a regulamentação do setor e avalia os processos e dados recebidos. 

As vacinas são administradas entre duas e três doses conforme a bula dos fabricantes. No entanto, em novembro de 2021, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou a aplicação de doses de reforço, começando por grupos populacionais prioritários (idosos, pessoas com comorbidades e doenças crônicas).

 

Conheça as vacinas para a covid-19 disponíveis no Brasil e a recomendação para cada uma:

 

Comirnaty (Pfizer/Wyeth)

Quantidade de doses para imunização: duas doses (com mais duas doses de reforço). A segunda dose deve ser aplicada com um intervalo maior ou igual a 21 dias após a primeira. A terceira dose (1ª dose de reforço) deve ser aplicada com o intervalo de 6 meses da segunda dose. A quarta dose da vacina (2ª dose de reforço) deve ser aplicada após 4 meses da dose anterior.

Faixa etária autorizada: a partir de 5 anos.  

 

Coronavac (Butantan)

Quantidade de doses para imunização: duas doses. A segunda dose deve ser aplicada entre 2 e 4 semanas após a primeira para adultos e 4 semanas para crianças. A terceira dose (1ª dose de reforço) deve ser aplicada com o intervalo de 4 meses da segunda dose. A quarta dose da vacina (2ª dose de reforço) também deve ser aplicada após 4 meses da dose anterior. 

Faixa etária autorizada: a partir de 6 anos. 

 

Janssen Vaccine (Janssen-Cilag)

Quantidade de doses para imunização: dose única. O Ministério da Saúde recomenda uma segunda aplicação da vacina Janssen para quem tomou a dose única desse imunizante.

Faixa etária autorizada: a partir de 18 anos. 

 

Oxford/Covishield (Fiocruz e Astrazeneca)

Quantidade de doses para imunização: duas doses. A segunda dose deve ser aplicada entre 4 e 12 semanas após a primeira. A terceira dose (1ª dose de reforço) deve ser aplicada com o intervalo de 4 a 6 meses da segunda dose. A quarta dose da vacina (2ª dose de reforço) deve cumprir o mesmo intervalo da dose anterior.  

Faixa etária autorizada: a partir de 18 anos. 

 

Em março de 2022, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibilizou as vacinas contra a covid-19 para todas as pessoas a partir de 5 anos. Para crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos, estão aprovadas as vacinas da Pfizer (a partir dos 5 anos) e Coronavac (a partir dos 6 anos), lembrando que a Coronavac não deve ser aplicada em crianças imunossuprimidas.

Vale lembrar que para as crianças de 5 a 12 anos, é preciso esperar 15 dias entre a imunização contra Covid-19 e a aplicação de outras vacinas previstas para as faixas etárias.

 

O calendário nacional de vacinação é atualizado periodicamente e reúne as vacinas comprovadamente eficazes e seguras necessárias para manter a boa saúde das pessoas. São oferecidas de forma gratuita nos postos de saúde do SUS.

 

Fontes: ASBAI | GOV.BR, GOV.BR | SBIM | BVSMS | ANVISA


Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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