A disseminação dos malefícios que os alimentos processados podem causar à saúde tem ganhado força nos últimos anos. Com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado no mês de outubro, o tema ganhou ainda mais destaque. De forma enérgica, o consumo de carne processada foi associado ao desenvolvimento de câncer. De forma mais leve, o alerta se estende também à carne vermelha, como possível cancerígeno. As informações têm como base estudos realizados pela Agência Internacional de Investigação do Cancro (IARC), órgão da OMS especializado em câncer. 

De acordo com o documento, a carne processada foi classificada como carcinogênico, com base em provas suficientes de que o consumo de carne processada pode provocar câncer colorretal. No relatório, o Dr. Kurt Straif, chefe do Programa de Monografias da IARC, menciona que o risco de desenvolver o câncer aumenta de acordo com a quantidade de carne consumida. A cada 50 gramas de carne processada ingerida diariamente o risco de câncer colorretal aumenta em 18%. 

A carne vermelha também foi comentada no estudo, com provável risco de provocar câncer, associada ao câncer colorretal, câncer de pâncreas e de próstata. Porém, seus benefícios ligados ao valor nutricional também foram reconhecidos, então a orientação é que se tenha cautela na hora das refeições, não é preciso eliminá-la, mas consumir carne vermelha de forma moderada. Inclusive, a última edição do Guia Alimentar para a População Brasileira sugere como substitutos da carne vermelha a carne de frango ou de peixe. 

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