Depressão em adolescentes
5 Maio 2017
Distúrbios emocionais
- Perda de autoestima; necessidade frequente de palavras reconfortantes e de confirmação para seus atos.
- Tristeza, acompanhada ou não de crises de choro sem motivo aparente.
- Autocrítica exagerada e sentimento de culpa, inclusive para eventos ocorridos no passado; sensibilidade exacerbada a situações consideradas como de rejeição.
- Sensação de vazio.
- Alterações de comportamento manifestadas por irritabilidade, impaciência e perda de interesse em atividades cotidianas, incluindo as prazerosas, tanto no círculo familiar, como entre os colegas e amigos.
- Dificuldade de concentração e de memória.
- Sentimento crescente de que a vida não vale a pena; visão pessimista e desoladora do futuro.
- Morte como um tema de pensamento frequente; ideação suicida.
Comportamentos que devem chamar a atenção:
- Insônia, ou sono excessivo.
- Perda de apetite com emagrecimento, ou excesso de apetite e ganho de peso.
- Sensação de cansaço e de falta de energia para atividades.
- Queixas frequentes de dores de cabeça ou no corpo sem explicação aparente.
- Lentidão no pensar, no falar e no agir.
- Inquietude e agitação, com dificuldade de concentração.
- Absenteísmo e queda do desempenho escolar.
- Uso de álcool e/ou drogas.
- Isolamento social.
- Aparência descuidada, aspecto desleixado.
- Comportamento agressivo, disruptivo ou de risco; ações teatrais, como se estivesse representando algo.
- Autoagressão: cortes, queimaduras, piercing ou tatuagens excessivas.
- Planos ou tentativas suicidas.
Quando procurar ajuda
Os limites entre saúde e doença são tênues. O que é apenas um comportamento inadequado e o que passou deste ponto e é manifestação da doença depressiva, é delicado e pode ter consequências que passam pela omissão, chegando até a ações e rotulagens muitas vezes inadequadas e inconvenientes.
Pais, familiares, professores, amigos, ou outras pessoas que são próximas ao adolescente devem conversar com o jovem quando comportamentos e/ou sentimentos considerados não usuais começam a aparecer. O diálogo terá como objetivo a distinção entre saber se o que está acontecendo é algo manejável pelo jovem e pelas pessoas que lhe são próximas, ou se já chegou o momento de procurar por pessoas e/ou instituições especializadas. Caso sejam percebidas repercussões na vida pessoal, acadêmica, familiar ou social, um profissional de saúde mental, psicólogo ou psiquiatra, devem ser consultados. É importante enfatizar que a percepção da gravidade do problema e a busca por ajuda pode partir do próprio adolescente.
Quando a ajuda é urgente
Ideação ou tentativa de suicídio devem levar à busca de auxílio imediato. Comentários não devem ser ignorados, mas sempre seguidos rapidamente por ações que incluam:
- Contato com telefones e/ou redes sociais de apoio a suicidas;
- Busca por profissionais de saúde, médicos, psicólogos, por telefone, diretamente nos consultórios, ou nos serviços de urgência;
- Auxílio de amigos e familiares;
- Apoio de líderes religiosos ou espirituais aos quais o jovem esteja ligado de alguma forma.
Cuidados devem ser tomados para não deixar o jovem sozinho nestes momentos.
Causas de depressão
Embora não completamente elucidadas, algumas das causas e fatores de risco incluem:
- Distúrbios metabólicos incluindo aqueles envolvendo neurotransmissores e hormônios.
- Problemas emocionais ou físicos em algum momento da vida; assédios; problemas familiares envolvendo ou não mortes, perdas e separações.
- História familiar de depressão.
- Aparecimento de padrões negativos de pensamento.
- Condições de saúde, incluindo doenças crônicas, obesidade, deficiência física.
- Dificuldades escolares, ligadas ao desempenho escolar, ou ao ambiente social com amigos e colegas.
- Bullying; abusos sexuais.
- Transtornos da atenção e hiperatividade, bulimia, anorexia nervosa, traços depressivos de personalidade e outras entidades psicológicas ou psiquiátricas.
- Abuso ou dependência de drogas.
- Transtornos relacionados à sexualidade.
Consequências
Depressão não tratada leva a sofrimento e a problemas comportamentais que podem ter consequências graves como:
- Conflitos sociais e familiares;
- Mal desempenho acadêmico;
- Abuso de álcool e drogas;
- Problemas de ordem judicial;
- Suicídio.
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Fonte: Mayo Clinic
Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.