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Dia Mundial Sem Tabaco 2013: momento de repensar hábitos, exposição na mídia e o futuro de nossas crianças e adolescentes

Dia Mundial Sem Tabaco 2013: momento de repensar hábitos, exposição na mídia e o futuro de nossas crianças e adolescentes

Dia Mundial Sem Tabaco 2013: momento de repensar hábitos, exposição na mídia e o futuro de nossas crianças e adolescentes

17 Julho 2013

A data de 31 de maio foi escolhida pela Organização Mundial da Saúde para ser o Dia Mundial Sem Tabaco. Em 2013, a OMS e suas associadas escolheram como tema a discussão sobre a proibição da publicidade, promoção e patrocínio do tabaco.

De acordo com informações da instituição, há provas concretas de que a proibição da divulgação de assuntos relacionados ao tabagismo reduz o número de pessoas que adquirem ou mantêm o hábito de fumar.

A epidemia mundial do tabagismo – termo utilizado pela própria OMS – mata, a cada ano, quase 6 milhões de pessoas, das quais mais de 600 mil são fumantes passivas. De acordo com a OMS, caso não haja combate ao tabagismo, a epidemia matará mais de 8 milhões de pessoas por ano até 2030.

Dentro desse número elevado de fumantes passivos estão crianças e adolescentes que, expostas ao fumo, ficam mais predispostas a adquirirem doenças como asma, pneumonia, otite e resfriado e, ainda, a se tornarem adolescentes e adultos fumantes.

“Os riscos de doenças respiratórias alérgicas e a aumentada quantidade de infecções respiratórias são comprovados em crianças e adolescentes expostos ao fumo passivo”, explica Fabiano Luis Schwingel, pneumologista da Unimed Joinville.

E o hábito precoce de fumar também traz males à saúde dos jovens. “O início precoce do tabagismo promove perda de função pulmonar e aumenta o número de pacientes que desenvolvem quadros de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DBPOC). Quanto mais precoce se iniciar este hábito, maiores as chances destas condições ocorrerem”, afirma Tiago Neves Veras, pneumologista pediátrico credenciado da Unimed.

“É sabido que existe uma relação inversa entre a idade do início do tabagismo e a facilidade de parar de fumar na vida adulta. O risco de mais problemas de saúde é devido ao maior tempo de exposição, coexistência de outras dependências relacionadas ao tabagismo - como o álcool –, doenças alérgicas, maior risco de doenças cardiovasculares e menor capacidade de maturação cerebral em comparação aos adolescentes não fumantes”, completa Fabiano.

O que os pais podem fazer?
De acordo com Marcela Ranier, psicóloga da Unimed Ceará, crianças entre 4 e 5 anos já têm condições de entender os males que o tabagismo pode causar, desde que se fale “a língua deles”. “A maneira mais acessível de a criança entender os prejuízos do fumo é por vias lúdicas, seja em forma de desenho, gravura, filminhos, de modo que atraia sua atenção e proporcione associações com relação aos malefícios”, destaca.

Por outro lado, como eles já têm esse entendimento desde bem pequenos, buscam imitar os adultos que os cercam. “Os pais que fumam devem ter bom senso e fumar longe de seus filhos, privando-os não só da fumaça como do exemplo”, acrescenta a psicóloga. “Também é interessante utilizar feira de ciências das escolas e eventos esportivos para a divulgação de controle ao tabagismo”, complementa dr. Tiago.

Durante a adolescência, os pais também devem ficar atentos às companhias. “O cigarro integra o pré-adolescente a outros jovens, podendo torná-lo parte de um grupo comum, no caso, o de fumantes. Desse modo, o tabagismo pode ser visto como um ingresso para o adolescente ser aceito no grupo”, esclarece Marcela.

Dr. Fabiano também atenta para a necessidade de se limitar o acesso ao cigarro e não incentivar novos métodos de tabagismo como o narguilé – moda entre muitos grupos de adolescentes – que, segundo ele, pode levar à dependência ao cigarro.

Não se pode deixar de citar, ainda, que o período da gestação também é de extrema cautela com relação ao tabagismo, e a mãe fumante deve evitar ao máximo o cigarro durante esse momento. “Na gestação, tanto o fumo ativo como passivo levam a maiores riscos de malformação, trabalho de parto prematuro, abortamento, baixo peso ao nascer, além de aumentar o risco de doenças alérgicas e de vias aéreas e infecções no futuro, e, provavelmente, a maior tendência de a criança ser dependente do tabaco.”

Exposição midiática
Os objetivos da campanha da OMS com relação ao Dia Mundial Sem Tabaco em 2013 são: alertar os países a aplicar as diretrizes da organização com relação à proibição total da publicidade, promoção e patrocínio do tabaco, com o objetivo de diminuir o número de pessoas que fumam ou que pretendam começar a fumar; e impulsionar os esforços locais, nacionais e internacionais contra a indústria tabagista, e em particular lutar contra suas iniciativas de colocar obstáculos ou anular a proibição dessas diretrizes.

De acordo com a própria instituição, as estatísticas mostram que o fim da publicidade e patrocínio do tabagismo é uma das medidas com melhor custo-benefício para reduzir a demanda por tabaco.

E os especialistas também acreditam que a exposição de fumantes na mídia pode incentivar o hábito em crianças e adolescentes. “A mídia tem papel fundamental no surgimento de tabagistas entre os mais jovens. Fumar hoje virou cool, está ‘na moda’. A forma de evitar isso seria com propagandas mais condizentes com a realidade, que demonstrassem os verdadeiros perigos do tabagismo”, sugere Dr. Tiago.

Para Dr. Fabiano, também deveria haver a diminuição da visibilidade de cigarros em programas de TV e no cinema e patrocínio de eventos públicos, além da restrição severa na venda de cigarros para menos de 18 anos e uma orientação escolar, com programas de reconhecimento de adolescentes que fumam e formação de grupos de ajuda.

Por fim, é preciso novamente reunir esforços dentro de casa, mesmo em um ambiente de divulgação excessiva da indústria tabagista. “A mídia se preocupa em vender o cigarro, utilizando o mais potente marketing que puder. Logo, não se preocupa se a criança ou adolescente está sendo afetado com a propaganda ou não. Cabe, mais uma vez, aos pais mostrarem para seus filhos que males o cigarro causa e explicar, com um linguajar adequado, os danos que podem ser contraídos”, finaliza Marcela.


Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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