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Menos fumantes no Brasil

Menos fumantes no Brasil

Um terço dos brasileiros parou de fumar após restrição à publicidade

Menos fumantes no Brasil

6 Junho 2013

Iniciativas como a restrição da publicidade de cigarros no país e a inclusão obrigatória de avisos sobre os riscos de fumar nas embalagens se provaram eficazes no combate ao tabagismo no Brasil. É o que aponta o relatório da Política Internacional do Controle do Tabaco (ITC Brasil), divulgado em comemoração ao Dia Mundial de Combate ao Fumo. O estudo, inédito no país, revelou que um em cada três brasileiros deixou o hábito de fumar entre os anos de 1989 e 2010. Segundo o relatório, as medidas de combate ao vício implementadas nesse período ajudaram a evitar 420 mil mortes relacionadas ao fumo.

O relatório foi realizado em parceria entre o Ministério da Saúde, o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a Universidade de Waterloo no Canadá e outros órgãos brasileiros. Foram entrevistados 1.836 brasileiros fumantes e não fumantes de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre no ano de 2009 e entre os anos de 2012 e 2013.

As entrevistas revelaram que as consequências das medidas restritivas ao tabagismo poderiam ser ainda mais rigorosas. Para se ter uma ideia, 92% dos não fumantes que participaram da pesquisa e 84% dos que fumam regularmente desejam que o governo faça mais para combater o vício. Uma das medidas de combate mais bem defendida na pesquisa – votada por quase 50% dos entrevistados – é a adoção de uma embalagem "genérica" para os cigarros existentes no mercado. Essa iniciativa deixaria todas as carteiras de cigarro com a mesma cor, sem desenhos ou logotipos.

Apesar do fumo ainda ser um hábito recorrente para uma parte da população do país, – 14,8% dos brasileiros são fumantes segundo pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) divulgada em 2012 – nota-se nas ruas e estabelecimentos públicos, uma significativa mudança no modo de pensar do brasileiro em relação ao ato de fumar nos últimos anos. Os dados da pesquisa ITC Brasil confirmam a suposição e corroboram com os resultados de pesquisas internacionais que confirmam o efeito nocivo da propaganda do tabagismo, assim como o efeito positivo de medidas que proíbem a promoção do cigarro e desencorajam o ato de fumar.

Medidas restritivas ao cigarro no Brasil


1988 Obrigatoriedade da frase: “O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde” nas embalagens de produtos derivados do tabaco.

1990 Obrigatoriedade de frases de alerta em propagandas de rádio e televisão.

1996 Comerciais para a TV de produtos derivados do tabaco só podem ser veiculados entre 21h e 6h.

2000 Proibição da propaganda de produtos derivados de tabaco em revistas, jornais, outdoors, televisão e rádios; também passa a ser proibida a associação do fumo às práticas esportivas, bem como o patrocínio de eventos culturais por marcas de cigarro.

2001 Proibição de descrições como light e suave nas embalagens de cigarro; imagens de advertência sanitária se tornam obrigatórias em material de propaganda nos pontos de venda e passam a cobrir 100% de uma face das embalagens; Anvisa determina teores máximos para alcatrão, nicotina e monóxido de carbono.

2003 Obrigatório o uso das frases: “Venda proibida a menores de 18 anos” e “Este produto contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, e nicotina que causa dependência física ou psíquica. Não existem níveis seguros para consumo destas substâncias”, nas embalagens.

2008 Novas imagens de advertência, mais agressivas, passam a ser obrigatórias nos rótulos de produtos derivados do tabaco.

2009 Anvisa proíbe a comercialização de cigarros eletrônicos em território nacional.

2011 Lei Federal proíbe fumar em locais fechados; não é mais permitido o uso de publicidade em pontos de venda, pode-se apenas expor o produto

2012 Anvisa publica resolução que restringe aditivos em cigarros e determina que advertências sanitárias cobrindo 30% da parte da frente da embalagem devem ser adotadas até 2016.



Veja aqui os prejuízos que o consumo de cigarro causa ao corpo.


Nathale Ethel Fragnani e Designer: Robinson Zimmermann

Fonte: Inca, Ministério da Saúde, site da Revista Veja, site do projeto ITC

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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