Rinite, bronquite, sinusite e outras alergias
12 Julho 2023
O tema de hoje pode fazer nosso nariz coçar e nossos olhos lacrimejarem: as alergias respiratórias. Se você já teve crises de espirros ou sentiu dificuldade para respirar em certos ambientes, este artigo é para você. Vamos desvendar as causas por trás de espirros, falta de ar, coriza e congestão nasal.
O que é a alergia respiratória
As principais doenças respiratórias
O que fazer quando estiver em crise
Como ter mais conforto
O que é a alergia respiratória
As alergias respiratórias são reações do nosso sistema imunológico a substâncias supostamente inofensivas, como ácaros, pólens e poeira. Essas substâncias, conhecidas como alérgenos, podem entrar em contato com nossas vias respiratórias e desencadear uma resposta exagerada do nosso organismo.
As causas dessas doenças são variadas, mas geralmente envolvem fatores genéticos. Ou seja: se você tem pais alérgicos, as chances de você desenvolver alergias respiratórias aumentam em 50 a 70%. Além disso, o ambiente em que vivemos desempenha um papel crucial no desencadeamento das alergias respiratórias. A exposição prolongada aos alérgenos presentes em nossos ambientes internos e externos pode estimular o sistema imunológico a reagir de forma exagerada.
Acredita-se que a interação entre fatores genéticos, exposição a alérgenos e outros elementos ambientais desempenhe um papel complexo nesse processo. Por exemplo, se uma pessoa tem uma predisposição genética para alergias, sua exposição a certos alérgenos ambientais pode desencadear uma reação alérgica. No entanto, nem todas as pessoas que têm a mesma exposição desenvolverão alergias respiratórias, o que sugere que outros fatores também estão envolvidos.
As principais doenças respiratórias
A rinite é uma das doenças respiratórias mais comuns do mundo, os sintomas clássicos são os que já conhecemos: espirros, obstrução e congestão nasal, coriza, além de coceira no nariz, olhos, orelha e palato. Entretanto, a condição pode ser gatilho para outros sintomas como dor de cabeça e de ouvido, olhos vermelhos e inchados, fadiga, tontura, anosmia e até problemas para dormir causados por apneia do sono.
Já a asma é menos comum, porém mais séria. Trata-se de uma síndrome crônica que consiste em episódios de restrição das vias aéreas, com sintomas como falta de ar e tosse. A prevalência de asma é mais comum no sexo masculino até os 14 anos e no sexo feminino após os 40 anos, sendo essa a doença crônica mais comum na infância.
Outra doença que influencia nossa capacidade respiratória é a bronquite, causada por uma inflamação nos brônquios. Essa estrutura tubular é responsável por ligar a traqueia aos pulmões e por encaminhar o ar ao órgão, portanto, quando inflamada, precisa de atenção médica. Entre os sintomas mais comuns estão tosse, produção de muco, dor de garganta e cabeça, fadiga e coriza.
A principal responsável por dores de cabeça entre as doenças respiratórias é a sinusite, resultado de uma inflamação dos seios paranasais. A dor pode se espalhar pela cabeça, bochechas, ouvido e até mandíbula, e piora quando o indivíduo se abaixa. Há uma maior sensibilidade nas regiões da face que são afetadas pelo processo inflamatório e também se percebe coriza, obstrução e congestão nasal, tosse e fadiga.
O que fazer quando estiver em crise
Caso você suspeite que está em crise, a primeira coisa a se fazer é buscar atenção médica. Apenas com um direcionamento profissional será possível investigar e buscar um tratamento eficaz e completo. Existem exames e testes de alergia para identificar os alérgenos específicos que desencadeiam suas reações alérgicas, que podem ser feitos com especialistas para descobrir quais substâncias você deve evitar.
Sabemos hoje que alguns fatores em comum podem ativar essas alergias respiratórias, e dizem respeito principalmente à presença de alérgenos no ambiente, como pólen e poeira. Mudanças climáticas bruscas, tempo úmido e ar frio também podem funcionar como gatilho em alguns casos.
Existem antialérgicos e outros tipos de medicamentos tópicos nasais que ajudam no controle e melhora dos quadros, porém algumas substâncias presentes em outros remédios podem ativar crises. Por isso, o consumo de remédios deve ser feito apenas com prescrição médica e de forma responsável.
Como ter mais conforto
Esses sintomas podem ser bastante incômodos e afetar negativamente a sua qualidade de vida, portanto é importante encontrar táticas para driblar o desconforto e reduzir a quantidade de crises quando possível.
Já que pólens flutuam no ar durante determinadas épocas do ano e ácaros se proliferam em tapetes e travesseiros, por exemplo, manter a casa limpa e livre de poeira é uma estratégia efetiva para controlar os quadros alérgicos. Por isso, tenha o costume de limpar as superfícies e utilizar aspirador de pó, tendo atenção especial para tapetes. Certifique-se também de lavar regularmente a roupa de cama em água quente para eliminar os ácaros e use capas protetoras em colchões e travesseiros. Beber bastante água e não fumar são outras excelentes escolhas que interferem positivamente na diminuição dos sintomas.
É importante ter em mente que, por serem doenças crônicas, as alergias respiratórias não têm cura. Porém, é possível fazer o controle dos sintomas e diminuir a quantidade e intensidade das crises. Conquistar mais conforto físico pode ser desafiador quando somos impactados por uma variedade de sensações desagradáveis, e encontrar saídas para tanto é essencial para uma vida mais tranquila e positiva.
Fontes: ASBAI 1, 2, 3 | Hospital Sírio Libanês |
Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil