Dicas para estimular a autoestima de crianças e adolescentes
19 Setembro 2023
Você sabe o conceito de autoestima?
É um conjunto não só de ideias, mas de atitudes, que uma pessoa tem de si. Essa percepção muda ao longo da vida. Porém, a infância e adolescência são momentos básicos da formação emocional, quando muitos ideais e comportamentos são estabelecidos.
A afirmação que uma criança – ou adolescente – é uma “esponja” também vem daí, da facilidade com que ações e padrões são absorvidos nessa fase. Os responsáveis podem, e devem, auxiliar na tarefa de lapidar a autoestima dos menores.
Estar ao lado de seu filho pode ajudá-lo a se tornar um adulto mais gentil consigo.
De que maneira? Passo a passo não existe, mas temos dicas:
- Celebre a individualidade
- Estimule o lado crítico
- Nem só elogio, não apenas cobrança
- Tudo bem sentir
- Papo aberto
Celebre a individualidade
A infância e a adolescência são períodos importantes de exploração. Gostos e opiniões são criados nessa época. A família deve estimular essa pessoa a entender seu próprio olhar e celebrar as diferenças.
Muitos embates podem acontecer quando opiniões e preferências divergem. Discussão é normal e, em certa medida, saudável.
Seu filho tem um gosto musical diferente do seu? Ambos podem aprender sobre os dois universos e, com diálogo, estreitar a relação. O que mais importa é o acompanhamento, com responsabilidade e conversa.
No caso das crianças, a mesma dica é válida: se ela quer pintar o céu de roxo e a galinha de rosa, tudo bem! É a sua percepção lúdica de mundo. O estímulo à criatividade é importante para formar a autoestima e para a saúde mental.
Ninguém é igual a ninguém e o incentivo ao respeito nas relações é uma importante lição que você pode passar.
Estimule o lado crítico
O que uma pessoa pensa sobre algo dificilmente será igual à opinião do entorno o tempo todo. Dê espaço para que seu filho construa seu próprio ângulo, assim ele se sente mais maduro e valorizado. Jovens e crianças gostam e precisam opinar, isso desenvolve a habilidade de expressão.
Estimule reflexões e questione com o objetivo de desenvolver sua capacidade crítica, e não de apontar supostas falhas ou erros.
Nem só elogio, não apenas cobrança
Estimular uma criança ou adolescente a cumprir tarefas e se comprometer é saudável e necessário. Assim como reconhecer o esforço e as realizações é importante para a construção da autoestima.
Dessa forma, você estimula seu filho a dar continuidade às suas ações. A cobrança excessiva e a falta de “parabéns” podem criar uma sensação de que nada basta, nem ele mesmo. Mudar e aprimorar são movimentos importantes.
Tudo bem sentir
Na infância e na adolescência muita coisa é sentida pela primeira vez: raiva, medo, angústia, entre outros. De início, a criança não sabe diferenciar os sentimentos, nem os nomear. Os responsáveis devem auxiliar os mais jovens a entender as sensações.
A forma como alguém sente raiva, ou medo, é muito própria e varia com a história de vida, personalidade e configurações sociais. Compartilhe suas próprias experiências e entenda como seu filho sente, do jeito dele.
A adolescência é um momento de mudanças hormonais intensas. Além de ter muitas novidades no âmbito social, na escola e com amigos. Essas alterações influenciam o humor e até causam dúvidas e estranhamentos para o jovem. Converse com ele, escute e se mostre vulnerável.
Quando você demonstra sentimentos, a criança e o adolescente entendem que nem tudo precisa ficar guardado e que compartilhar, com certos cuidados, é normal e saudável.
Papo aberto
Todas as dicas anteriores são possíveis apenas com conversa. Para dialogar, é preciso que uma relação seja flexível. Os adultos têm responsabilidades sobre os menores, é verdade, mas isso não quer dizer que estejam sempre corretos.
Ao invés de procurar diferenciar toda hora o certo do errado, exerça sua autoridade sem ser autoritário e estimule a troca de ideias. Desenvolva sua própria escuta e, com isso, incentive a expressão de seu filho. Assim ele também pode aprender o contrário.
Quando os dois lados se alternam entre falar e ouvir, os laços são estreitados e a conversa acontece. Um adulto que dialoga pode se relacionar na vida com mais tranquilidade.
Sabia que as muitas mudanças físicas na adolescência influenciam a autoestima do jovem? No intuito de ajudar, algum comentário sobre seu corpo pode gerar incômodo. Aprenda a se comunicar em situações do tipo.
Fontes: Sociedade de Pediatria de São Paulo 1, 2
Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil