Brasileiros estão pesando mais
24 Maio 2011
Mais brasileiros estão pesando mais do que deveriam. Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde revela que quase metade da população adulta brasileira, 48,1%, está acima do peso e 15% são obesos. Há cinco anos, esses dados eram diferentes: 42,7% tinham excesso de peso e 11,4% eram obesos, o que mostra um agravamento do problema. Essas informações fazem parte da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2010 e orientam o planejamento e implementação de políticas públicas.
O excesso de peso pode ser resultado de um estilo de vida sedentário e de hábitos alimentares inadequados. O Vigitel mostra que 14,2% dos adultos são sedentários, ou seja, “não fazem nenhuma atividade física no tempo livre, no deslocamento diário ou em atividades como a limpeza da casa e trabalho pesado”, segundo o Ministério da Saúde. Além disso, 30,2% dos homens e 26,5% das mulheres têm o hábito de ver televisão por mais de três horas ao dia, o que pode ser mais um indicador de sedentarismo.
O sobrepeso e a obesidade podem causar ou agravar quadros de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial e dislipidemias (alterações das concentrações das gorduras no sangue), entre outras. A nutróloga Isabela David, diretora de Atividade Científica da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), afirma que uma alimentação saudável pode reduzir o risco de ocorrência destas e outras doenças crônicas não transmissíveis.
A nutróloga cita a existência de uma dieta para redução desses riscos, que teria como principais características “o predomínio do consumo de alimentos naturais em relação aos industrializados; a variedade alimentar; a combinação e proporção adequada entre carboidratos, proteínas e gorduras da dieta; e a adequação calórica para se atingir e/ou manter um peso saudável”. Ela lembra ainda da importância de ingestão de alimentos como brócolis, couve e alho, que são ricos em fitoquímicos - substâncias que conferem proteção ao organismo.
Fonte: Ministério da Saúde, Vigitel Brasil 2010.
Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.
